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Enviada em: 23/07/2018

É incontrovertível que o sancionamento das Leis Trabalhistas, em 1° de maio de 1943, pelo presidente Getúlio Vargas, representou um avanço imensurável na vida do trabalhador. Todavia, hodiernamente muitos cidadãos ficam à margem de tal realidade. Dessa forma, necessita-se discutir como o desemprego e as relações trabalhistas permeiam a sociedade brasileira.        Primordialmente, são perceptíveis novos patamares na contratação no trabalho moderno. De acordo com o filósofo Durkheim, na transição da sociedade orgânica, solidária, para mecânica, individualista, houve uma alteração no papel do indivíduo, em que a capacidade de agregar valor é notória, desqualificando e excluindo os não adeptos. Nesse viés, com uma parcela significativa populacional com baixa escolaridade, o desemprego tende a suscitar, no qual a falta de oportunidades e exclusão dessas pessoas geram consequências graves, como violências e roubos. Desse modo, novos meandros na captação moderna ratificam o cenário atual de desemprego.     Além disso, nota-se que o alto índice de desemprego no país contribui para uma menor abrangência das Leis Trabalhistas. Nesse âmbito, pesquisas do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) comprovam que em 2017, pela primeira vez após a Consolidação das Leis Trabalhistas, o emprego sem carteira assinada superou o trabalho formal. Desse modo, é notório que a população recorre, cada vez mais, a alternativas informais de ofício, deixando de usufruir de diversos direitos e ficando sem a proteção estatal no cenário empregatício, visto que não há oportunidades de trabalho formal para todos.       Urge, portanto, a tomada de medidas para resolver o impasse. Em razão disso, ONGs e Sindicatos ligados aos bens trabalhistas reivindiquem maior suporte e acessibilidade ao Ministério Legislativo e do Trabalho ao direito de obter segurança diante a mecanização de serviços e adequação às exigências na atividades, com fito de amenizar o desemprego vigente. Ademais, cabe ao Governo Federal, em parceria com o Ministério da Educação, investir em programas e cursos profissionalizantes, com a finalidade de capacitar o trabalhador e, com isso, obter o domínio das novas tecnologias, facilitando seu recrutamento nas empresas. Outrossim, o Ministério do Trabalho, deve cessar com a alta burocracia enfrentada no âmbito do trabalho, por meio da orientação governamental, para amenizar com o laborioso processo, a fim de efetivar as oportunidades de trabalho para todos os necessitados, sobretudo para a população vulnerável.