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Enviada em: 23/07/2018

Do primitivismo à preponderância do capitalismo, ao longo do desenvolvimento da sociedade os homens estabeleceram diferentes formas de relações trabalhistas ou modos de produção para a manutenção da vida. No entanto, houve o desencadeamento de pontos negativos ou subversivos, como a exploração e o desemprego, associados aos aspectos políticos, econômicos, sociais e até mesmo físicos.       Destaca-se, inicialmente, que a política e a economia tornam-se mais incisivas a partir do momento que o homem internaliza a lógica da propriedade privada, bem como explicou John Locke, e passa a deter poder ideológico sobre os demais. Essa é a concepção que perdura e que faz a humanidade caminhar cada vez mais à desigualdade, sobretudo econômica, já que a melhor educação, saúde, lazer, habitação e alimentos também tornaram-se privados. Dessa forma, para ter acesso a esses itens de sobrevivência os nãos detentores dos meios de produção se submetem às relações de trabalho as quais em sua maioria oferecem salários à margem dos valores que propiciem uma vida digna.       Ademais, outros pontos que merecem destaque são as condições desfavoráveis de emprego - baixos salários, longas jornadas de trabalho, insalubridade - aliadas às poucas oportunidades de qualificação profissional voltadas, especialmente, àqueles que estão na base da pirâmide social. Nesse sentido, o elevado quantitativo de pessoas exercendo atividades de baixa remuneração com instabilidade profissional são os primeiros atingidos pelo desemprego quando há momentos de crise econômica, como a presente no Brasil desde 2014. Além disso, a fragilidade das leis trabalhistas atrelada ao débil sistema judiciário brasileiro não impedem que situações de "trabalho escravo moderno" subvertam pessoas necessitadas a um "ideal" capitalista.       Evidenciam-se, então, as diversas dicotomias de interesses quando o assunto é trabalho. Para que se minimizem tantos pontos negativos, urge a necessidade de melhor esclarecimento dos trabalhadores acerca dos direitos e deveres de suas categorias profissionais através de reuniões e discussões mediadas pelos sindicatos ou órgãos relacionados à justiça do trabalho, além do governo salvaguardar os direitos ao trabalho e cidadania da população por meio de melhorias nos sistemas educacionais - para evitar evasões e "empregos" no crime - e habitacionais. Assim, reduziriam os desequilíbrios trabalhistas e tornariam os direitos universais do homem mais legítimos e plurais.