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Enviada em: 22/07/2018

A temática do desemprego no Brasil não é um problema atual, no final do milagre econômico, ainda durante a ditadura militar, o país viveu uma das mais graves crises econômicas, a qual afetou diversos setores tendo como resultado um desemprego em massa. De lá para cá, muita coisa mudou porém, esse problema insiste em assolar os cidadão, mas agora com uma nova roupagem. Diante dessa problemática, convém analisar as principais causas e consequências disso.        Primeiramente, é necessário pontuar que esse impasse ocorre devido a fatores educacionais. De acordo com uma pesquisa feita pela empresa de recrutamento e seleção, Hays, o Brasil é um dos países que mais tem dificuldades de se contratar mão de obra especializada. Isso ocorre porque há uma desconexão entre empregadores, instituições de ensino superior e graduando quando se trata de quesitos educacionais. Esses jovens encontram dificuldades em relacionar o que aprendem na universidade com o que o mercado de trabalho espera deles. Como resultado, muitos recém formados entram no mercado com uma qualificação no papel, mas sem habilidades e experiência necessárias.       Outrossim, vale ressaltar que essa situação é corroborada pela substituição da mão de obra por máquinas. Se, por um lado, a modernização e a evolução tecnológica nas empresas e indústrias contribuíram para o desenvolvimento socioeconômico das sociedades contemporâneas, por outro, provocou também, através da simplificação do processo de produção, a redução do número de funcionários. Como consequência disso, muitos  cidadãos, por não terem qualificação para lidar com essas novas tecnologias, optam pelo trabalho informal, o qual não garante os plenos direitos para os trabalhadores, além de trazer um retorno financeiro inferior.       Portanto, percebe-se que o desemprego no Brasil ocorre devido a questões educacionais e estruturais. Dessa forma, medidas devem ser tomadas para solucionar o impasse. Para isso, o Governo deve cobrar menos impostos de empresas que promoverem programas de estágios, como o Jovem Aprendiz. Para isso, deve haver uma parceria com as universidades, a fim de permitir que os acadêmicos, desde os primeiros períodos da graduação, tenham uma maior experiência e vivenciem, na prática, situações cotidianas da profissão escolhida, além de permitir que esses estudantes, depois de formados, possam inserir-se mais rapidamente no mercado de trabalho. Ademais, para solucionar o problema estrutural, as empresas devem promover incentivos, a partir de cursos profissionalizantes ministrados por profissionais da área, com o objetivo de estimular a escolarização e a qualificação do profissional dentro do seu setor, permitindo que ele possa operar máquinas ou as demais tecnologias com maior eficiência.