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Enviada em: 22/07/2018

Após a terceira Revolução Industrial, ocorrida em meados do século XX, sucederam-se diversos avanços no sistema tecnológico e informativo mundial, que provocaram mudanças nas relações trabalhistas e o aumento do numero de desempregados no mundo. Contudo, embora tenham ocorrido vários progressos ao longo dos anos, o desemprego ainda é um obstáculo no mundo hodierno. Nesse contexto, deve-se analisar o aumento da quantidade de trabalhadores inativos e como a escola e o Estado causam tal problema a fim de combatê-lo.         Em primeiro lugar, é notório o papel da negligência, por uma parte das escolas, no que tange à manutenção do problema. Isso porque, ao invés de tal instituição promover uma educação crítica, conforme defendeu o educador Paulo Freire em sua obra “Pedagogia do Oprimido”, essa busca apenas transmitir o conteúdo acadêmico para o aluno. Desse modo, formam-se indivíduos de baixa qualificação profissional e despreparados para o mercado de trabalho. Por conseguinte, há um aumento no índice de desempregos e dos casos de problemas mentais da população, associados a frustrações com as exonerações de seus cargos laborais.        Além disso, nota-se, ainda, que o Estado também contribui para a manutenção do elevado índice de desempregos. Isso se deve aos excessivos encargos trabalhistas, instituídos pelo poder público, para contratação formal de trabalhadores. Como consequência de tal conjuntura, parcela significativa das empresas reduzem a oferta de postos no trabalho formal. Diante disso, a maioria da população privada dessa oportunidade recorre ao trabalho informal, no qual são destituídos de direitos trabalhistas e as relações são precárias.         Torna-se evidente, portanto, a iminência em cessar a problemática. Em razão disso, as escolas devem reformular o ensino em suas instituições, por meio da adoção de disciplinas conscientizadoras e qualificadoras, como “Ética Profissional”, com o intuito de preparar o aluno para o mercado de trabalho. Concomitantemente, o Estado deve analisar e reduzir os tributos incidentes na folha salarial, com o fito de atrair novas empresas e aumentar a oferta de trabalho. Dessa forma, será possível mitigar os déficits trabalhistas impulsionados pela terceira Revolução Industrial.