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Enviada em: 21/07/2018

Apenas em Livros    No clássico livro ''O Cortiço'' de Aluísio de Azevedo, romancista do século XIX, é possível verificar críticas ao ócio e à relações trabalhistas envolvidas em condições precárias. No entanto, esses debates até hoje são discutidos, porém precisam ser compreendidas para que suas consequências sejam remediadas.     Em primeiro lugar, é preciso analisar uma das causas do desemprego no Brasil. De acordo com Steven Tobin, do departamento de pesquisa da OTI (Organização Internacional do Trabalho), a redução do crescimento do PIB pode levar o país a diminuição de empregos formais. No caso do Brasil, a queda foi provocada pelos baixos preços de commodities, produtos primários de cotação internacional, que o país é dependente para exportar. Isso, afeta a cadeia rural e, consequentemente, a urbana, auxiliando para o aumento do desemprego, que no país já atinge uma taxa de 12,7% de acordo com o IBGE.   Ademais, a questão das relações de trabalho e crises sociais precisam ser consideradas. Decorrente do desemprego, a informalidade tem aumentado, e é preocupante, pois conforme o IBGE, já são mais de 597 mil trabalhadores a mais em relação a 2017 nessa situação, e essa relação tem permitido que muitos direitos não sejam garantidos e que explorações possam acontecer. Muitas vezes, o emprego informal não é um alternativa para o desempregado, então, muitos sem perspectiva ou esperança para encontrar um trabalho, chamados desalentos, dos quais já são 4,3 milhões de pessoas, agravam ainda mais os quadros de crises sociais, como a pobreza e fome.    Portanto, visto que a falta de emprego e  informalidade são graves problemas, é preciso que o Governo Federal crie estratégias para o aumento na produção industrial, através de incentivos fiscais e empréstimos reguláveis pelo BNDS para a criação de industrias de base e de bens duráveis e não duráveis, para que cada vez mais o país não dependa de commodities, tenha um maior crescimento do PIB e, consequentemente, mais vagas de empregos. Também, é preciso que o Ministério da Educação crie um projeto para implantado no ensino médio de valorização do emprego e a da especializacão no mercado de trabalho, elaborada por psicólogos e profissionais na área empregatícia, para que através de livros didáticos, palestras e projetos venham estimular os jovens a se especializarem e procurem diversas áreas de trabalho. Assim, as problemáticas poderão ser sanadas e estarem apenas discutidas em livros como o do Aluísio de Azevedo.