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Enviada em: 22/07/2018

É incontrovertível que o sancionamento das leis trabalhistas, em 1° de maio de 1943, pelo então presidente Getúlio Vargas, representou um avanço  imensurável na vida do trabalhador. Contudo, apesar da ratificação de direitos garantidos, no contexto hodierno, milhares de brasileiros ficam a margem de tal realidade, como consequência do número de desemprego que cresce, induzindo-os ao mercado de trabalho informal. Fruto de uma alta concorrência e de crises econômicas que desestabilizam todas as áreas sociais.       Em primeiro plano, observa-se que o principal fator de solidificação do desemprego como imbróglio social é a insuficiência do mercado de trabalho brasileiro na captação da população que busca emprego. Dessa forma, observa-se que a formação da mão de obra brasileira, marcada pelo rápido processo de urbanização, com absorção de forte contingentes populacionais rurais, fez emergir um mercado de trabalho marcado pela alocação das populações em postos trabalhistas instáveis e desumanos, o que perpetua-se no momento atual, tanto por fatores históricos como pela demanda cada vez maior de um mão de obra especializada e capacitada.Nesse contexto, busca-se,preferencialmente, trabalhadores com alto grau de instrução acadêmica em detrimento de uma massa destituída de tais privilégios.Esses,então, são lançados à informalidade,excluídos de direitos e atuando no subemprego.         Ademais, é evidente, que as constantes crises vivenciadas pelo Brasil causou retrações e viabilizou a ocorrência do desemprego e das relações trabalhistas conflituosas.Dessa maneira, é importante salientar que uma economia marcada pela heterogeneidade e pela desigualdade social é alvo fácil das consequências sentidas pela crise política e econômica sofrida pelo país.Assim, a alta inconstância econômica e escândalos de corrupção amedrontam donos de empresas que diminuem a receita destinada aos salários dos trabalhadores,bem como efetua a demissão de grande parte desses para tentar manter os lucros.Deflagrando um quadro de desemprego conjuntural.           Medidas são necessárias,portanto, para solucionar os impactos dos desempregos na vida dos brasileiros.O Ministério do Trabalho precisa idealizar cursos e minicursos de especialização técnica em vários setores trabalhistas, a fim de incentivar e possibilitar a inserção de uma massa pouco privilegiada em um mercado de trabalho cada vez mais concorrido e desigual. Por fim, o Ministério da Justiça deve fortificar a fiscalização sob os recursos públicos e,em parceria com os demais ministérios, elaborar projetos de ação coletiva que viabilizem a minimização das crises, direcionando de maneira eficiente a verba pública, objetivando a inibição de momentos de instabilidade e a ampliação da demanda por trabalhador, minimizando o desemprego.