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Enviada em: 23/07/2018

Na Grécia Antiga o trabalho era visto como algo vergonhoso, já que os gregos presavam pela reflexão mental-ócio- em oposição a atividade física. Atualmente, quem não trabalha é visto como preguiçoso e ser ocioso deixou de ser uma meta e passou a ser algo a se evitar. Essa realidade atual explica a fala do Papa João Paulo II: "O desemprego do homem deve ser tratado como tragédia e não como estatística econômica". Afinal, no mundo contemporâneo o trabalho engrandece o homem e, consequentemente, a falta dele é socialmente trágica para o mesmo.     No Brasil, vivencia-se um momento difícil para o trabalhador. O índice de desemprego chegou a 13,1% no primeiro trimestre de 2018 segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e é o maior nível desde maio de 2017. Essas altas taxas de desemprego foram agravadas pela reforma trabalhista (que flexibilizou as normas das Leis Trabalhistas), proposta pelo presidente Michel Temer, cujo intuito era exatamente o oposto- diminuir o desemprego no país. O desemprego associado às consequências da reforma, impulsionaram o aumento de empregos informais- sem carteira assinada. No período de 1 ano foram criadas 1,8 milhão de novas vagas de trabalho mas nenhuma com carteira de trabalho assinada.      Mesmo com a crise empregatícia brasileira , é importante lembrar que o desemprego é um problema mundial, afetando todas as nações seja em maior ou menor proporção. Apesar de, a nível global, o desemprego estar se estabilizando em torno de 5,5% , a população desempregada ou trabalhando em situações precárias ainda têm níveis elevados em países emergentes ou em desenvolvimento, segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT). Os países com maiores índices são os do Norte da África seguidos pelos da África Subsaariana- marcada pela extrema pobreza.        Com o avanço do Capitalismo o trabalho se tornou essencial na vida do ser humano, seja como um meio de enriquecer ou de apenas manter sua família. Se tratando de algo com tamanha importância para o homem, é necessário que haja uma legislação que garanta tanto o empregado quanto o empregador, papel realizado pela CLT no Brasil, com a recente reforma é importante que se tenha uma fiscalização nos contratos feitos diretamente entre o patrão e o empregado para que, apesar de ser um meio mais flexível, nenhumas das partes tenha seus direitos violados. Ademais, é necessária a qualificação da mão de obra através da disponibilização de cursos profissionalizantes, visto que uma vez que o número de desempregados está elevado quanto mais qualificado o trabalhador estiver mais chances de conseguir um emprego ele vai ter.