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Enviada em: 14/10/2018

O século XXI é um momento histórico de aceleradas transformações devido aos avanços da ciência e tecnologia. Neste cenário, quando esses avanços são aplicados ao mundo do trabalho tendem a geram o aumento no desemprego e a precarização das relações de trabalho. Sobre essa problemática cabe debatermos acerca das principais causas e consequências. Mormente, a implantação de tecnologia é um fator gerador de desemprego e acréscimos de funções. Por exemplo, com a implantação da Tecnologias da Comunicação e Informação, mediadas pela internet, é possível fazer cursos obrigatórios – nas chamadas universidades corporativas – prestar relatórios em tempo real, participar de teleconferências, bem como, ter sua localização identificada via satélite e ter que responder uma mensagem para o chefe, em qualquer lugar e hora do dia. São atividades que o trabalhador leva para casa, o que antes não ocorria. O mais grave, de tal situação, é que são horas de trabalho não pagas e um acrescimento de atividades, dito em termos marxista, trata-se de um aumento exponencial da mais valia. O que só é possível por causa da aplicação dessas novas tecnologias. Outrossim, a desregulação do trabalho gera consequências negativas ao trabalhador. Segundo o sociólogo brasileiro Ricardo Antunes existe uma precarização do trabalho por parte daqueles que são responsáveis por gerar tais postos. Por exemplo, o fenômeno do Uber, serviço de transporte que se utiliza de um aplicativo apenas para mediar essa relação. Nesse exemplo, da “uberização”, fenômeno que se estende para outros setores, não se tem uma relação oficial de trabalho, com garantias conquistadas histórica, como, por exemplo, férias e 13° salário. Portanto, não é por acaso que atualmente existem 300 milhões de trabalhadores informais, sendo que mais de 10% desse total são brasileiros, conforme dados da OIT (Organização Internacional do Trabalho). Urge, portanto, que o Governo, não abara mão da legislação trabalhista com todos os direitos conquistados, bem como, por meio do Ministério do Trabalho, faça cumprir tal legislação, aumentando a fiscalização e punindo exemplarmente empresas precarizadoras das relações de trabalho. Além disso, cabe aos cidadãos se capacitarem gradualmente e de forma contínua, por meio de cursos técnicos, graduação e especialização, com o objetivo de estarem aptos a se adaptar as exigências e transformações impostas pelos avanços tecnológicos e científicos.