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Enviada em: 19/10/2018

No romance ‘’ O Cortiço’’ de Aluísio de Azevedo, o português Jerônimo é admirado por ser um bom trabalhador. Nesse contexto literário, nota-se que o motivo de sua prosperidade tem raízes em suas oportunidades de emprego. Da situação fictícia ao panorama hodierno do Brasil, observa-se que o desemprego atua como algoz a genuína cidadania, seja pela má gestão pública ou pelas suas consequências sociais.         Convém ressaltar, a princípio, que para o economista Adam Smith, é papel do estado contribuir para gerar empregos. Nesse sentido, é nítido que os governos brasileiros atuam de forma oposta a essa afirmação ao cobrar altos impostos de empresas, exigir uma burocrática legislação e adotar técnicas protecionistas, o que afasta empreendedores. Como produto dessa realidade, em 2017 o índice de desemprego chegou a 12% nas terras tupiniquins segundo dados do IBGE. Dessa forma, fica evidente que o próprio Estado afasta a iniciativa privada e aumenta o ócio.         Vale salientar, ainda, que as consequências da falta de trabalho são devastadoras para todo o corpo social. A título de exemplificação, pesquisas da ONU revelam que a taxa de desemprego e a taxa de criminalidade têm relação direta, ou seja, crescem e diminuem em proporção. Diante disso, essa situação gera um estado de anomia, onde o indivíduo não reconhece as regras da sociedade. Assim, além de um direito humano fundamental ser rompido, emerge-se um crime contra a Constituição Cidadã.      Parafraseando o sociólogo Émile Durkheim, é necessário combater o desemprego, ou este combaterá o bem estar social. Partindo desta égide, é condição ‘’ sine qua non’’ que o Ministério da Fazendo, através do investimento no setor civil, que cria grande número de empregos, aumente o poder de compra dos brasileiros, para que assim, as empresas sejam atraídas ao país verde e amarelo, o que culminará na produção de mais ofertas de emprego. Ademais, é imprescindível que o Poder Legislativo, por meio da redução de tributos à pequenas empresas, incentive os indivíduos a empreender, finalizando na contratação de mais funcionários. Mediante tais medidas, assim como Gerônimo, muito mais cidadãos poderão trabalhar e prosperar na ‘’ Terra de Palmeiras e Sabiás’’.