Materiais:
Enviada em: 30/10/2018

Foi apenas com a Constituição Federal de 1891 que uma política educacional foi instituída no país. Entretanto, além de tardia, foi ineficaz, por seu caráter excludente e pela negligência estatal. Atualmente, é possível notas os efeitos e a perpetuação dessa falha na educação, a qual perdura as desigualdades e a discriminação, estimulando a segregação e a redução de oportunidades. Dessa forma, evidencia-se que os desafios no combate ao desemprego jovem estão ligados tanto à baixa qualidade escolar, quanto aos preconceitos sociais.     Hodiernamente, no país, os baixos investimentos educacionais auxiliam no aumento da pobreza. Segundo o Ministério da Educação (MEC), 48% das escolas públicas não possuem computadores. Contudo, a maioria das empresas exige, além do ensino médio completo, conhecimento de word e powerpoint. Por conseguinte, por não possuírem essa instrução, a grande parte dos mais novos opta pelo trabalho informal e pela evasão escolar. Assim, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) declarou que em países em desenvolvimento, como o Brasil, 19 em 20 jovens estão na informalidade. Portanto, a falta de perspectiva e a necessidade de renda, motivadas pela indiligência estatal com a educação, geram uma população com mão de obra desqualificada e cada vez mais desigual.     Ademais, é importante ressaltar que a incomplacência interfere nas taxas de desemprego. Desde o período colonial, os negros, mulheres e mais pobres sofrem com a exclusão social. Porquanto, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número de mulheres sem emprego é maior que a média nacional. Além disso, o IBGE também afirma que que as taxas de desemprego para a polução branca caíram, enquanto para as pretas e pardas aumentaram. Desse modo, o sociólogo francês, Pierre Bourdieu, alega que a sociedade incorpora e reproduz as estruturas sociais que a são impostas. Destarte, a perpetuação do machismo e do racismo no Brasil, devêm-se a um viés histórico-cultural, o qual garante o aprofundamento da pobreza e da intolerância.     É indubitável, portanto, que a questão do desemprego brasileiro apresenta muitos desafios. Para amenizar essa situação, é necessário que o Ministério da Educação (MEC) - órgão responsável pela transmissão de informação e promoção da cidadania -, em parceria com o Poder Legislativo, propicie ações mitigadoras da falta de emprego. Esse processo se dará pela inserção de aulas de informática em todas as escolas do país, além da criação de uma leite que imponha a obrigatoriedade de todas as empresas possuírem uma porcentagem de mulheres, negros e pardos como funcionários. Dessa forma, será possível reduzir as consequências do atraso educacional e fomentar uma sociedade mais complacente e igualitária.