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Enviada em: 24/02/2019

Brás Cubas, o defunto-autor de Machado de Assis, se vangloria em suas "Memórias Póstumas" por ter tido uma vida parasitária, sem trabalho. Em contrapartida, o homem hodierno tem lutado para manter uma relação de mutualismo com o mercado de trabalho, já que a globalização trouxe como um de seus efeitos a substituição de mãos de obra por máquinas. Dessa forma, pode-se analisar o aumento na taxa de desemprego e o crescimento do trabalho informal que têm sido pauta de discussões no século XXI.     Segundo Karl Marx, o trabalho é a atividade pela qual o ser humano produz sua própria existência. Partindo desse pressuposto, nota-se que a ideia de Marx faz total sentido, uma vez que com a substituição de funcionários pela robótica, o número de pessoas desempregadas tem crescido. Dessa maneira, diversas famílias têm sido prejudicadas, já que suas necessidades básicas para sobrevivência estão sendo comprometidas. No Brasil, o número de desempregados gira em torno de 13 milhões, segundo o IBGE. Tal fato, tem contribuído para o crescimento do trabalho informal.    Sendo assim, ao analisar o aumento da taxa de desemprego, somado ao avanço das tecnologias, percebe-se a quantidade de profissionais que trabalham no ramo informal dadas as vantagens que lhes são garantidas. Cabe mencionar a crescença dos influenciadores digitais nos últimos anos, que atuam em qualquer ambiente, não têm gastos com transporte e alimentação e ainda são subordinados a si mesmos.      Portanto, é indispensável a adoção de medidas capazes de assegurar a qualificação do indivíduo frente ao ramo de serviços, já que o avanço tecnológico requer mão de obra especializada. Desse modo, cabe ao Ministério da Educação em parceria com os segundo e terceiros setores a criação de um programa de convivência no mercado de trabalho inerente à grade escolar, com a ministração de palestras, visitas à espaços laborais de diferentes ramos como marketing, saúde, militar, entre outros a fim de incentivar a população à capacitação profissional tanto na esfera formal, quanto na informal. Assim, poder-se-á transformar o Brasil em um país preparado para atender as demandas da globalização, não exaltando o ócio, como Brás Cubas o fez.