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Enviada em: 29/04/2019

Gregório de Matos foi um grande escritor do movimento Barroca. Em seus poemas, vide o famoso "À Mesma D.Ângela", é comum o uso de antítese, que é a justaposição de ideias antagônicas, como o carnal e o espiritual, em uma única realidade, no caso, os sentimentos do eu-lírico perante Ângela. Ordianariamente, tal mecanismo linguístico se faz presente, sintetizando ambos o aumento da riqueza e da taxa do emprego informal na injusta realidade que é a economia brasileira.       Marx, em seu livro O Capital, afirma que a pobreza é necessária para a prossecução do capitalismo. No passo que, tal elemento gera medo da desempregabilidade, o que leva  a psique coletiva a se submeter a condições péssimas de salubridade, o que, por sua vez, aumenta a mais valia. Com este método, o Brasil tem conseguido uma ótima colocação na lista de maiores Produto Interno Bruto. Entretanto, o sistema também trouxe uma grande taxa de desemprego e, consequentemente, cerca de um terço da população economicamente atica trabalhando na informalidade, de acordo com o IBGE, em 2016.       Em suma, trabalho informal é aquele que não é registado e, portanto, não segue leis trabalhistas como o décimo terceiro, férias, hora extra paga, entre outros.Desta forma, os que se veem forçados a trabalhar assim, por conta do desemprego estrutural e a ameaça da pobreza, são postos a margem da sociedade, sem amparo estatal.       Por conseguinte, se faz necessário a práxis estatal para reveter o status quo. Isto pode ser feito com uma melhor fiscalização do Ministério do Trabalho, visando diminuir a informalidade. Também é importante um maior auxílio aos desempregados, tanto financeiro como estrutural, oferecendo cursos, para facilitar a reintegração ao mercado e desfazer um pouco esse medo ao desemprego que leva trabalhadores seguirem a informalidade. Só assim, a economia brasileira poderá se tornar um poema belo e justo, sem antítese.