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Enviada em: 03/05/2019

A Carta Magna Brasileira , de 1988, elenca o trabalho como um direito assegurador da dignidade humana.Entretanto, é notório o seu descumprimento, observado com o aumento de desempregados no Brasil. Tal problema ocorre devido a vários fatores, dentre eles destaca - se aspectos estruturais e sociais.           Em primeiro plano, a construção da dicotomia empregado-empregador ganha força com a Revolução Industrial, século XVIII,marcada pelas  lutas do proletariado por melhores condições de trabalho e alta taxa de trabalhadores sem emprego . Hoje , o embate continua , porém, o suposto vilão dessa balança é o excesso de direitos que o trabalhador detém , resultando na onerosidade exacerbada para o contratante  mantê - lo. Infelizmente, esse argumento é pauta politica na tentativa de solucionar  a causa do desemprego. Por outro lado , muitos trabalhadores não se qualificam ou sua profissão segue obsoleta, sendo obrigado a aceitar ofícios  informais .              Além disso, a Reforma Trabalhista , regida pelas alegações do patronato em baratear os custos e diminuir a burocracia das contratações , foi aprovada em 2017 , com o intuito de facilitar o aumento de vagas de ocupação .De forma contrária , o número de desocupados teve aumento de 12% em 2019, segundo o Instituto Brasileiro  de Geografia e Estatística (IBGE).Dessa maneira , indubitavelmente , além da burocracia para contratar , há outro coeficiente a ser analisado ,como a falta de qualificação dos candidatos. Conforme o Sociólogo Polonês , Zygmunt Bauman , vive-se em tempos instáveis , dessa maneira o trabalhador deve adequar -se ao contexto profissional atual.            Em virtude do exposto, é necessário assegurar o equilíbrio dessa relação. Destarte, urge que o Ministério da Educação e Cultura ( MEC) acrescente o ensino profissionalizante, após analise da demanda do mercado , por meio de verbas governamentais . Assim,haverá estabilidade nessa relação e a dignidade do labor.