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Enviada em: 20/03/2017

Na última década, a gestão governamental deixou que o desemprego crescesse em um nível acelerado. De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o país abriu 2017 já com 12,9 milhões de desempregados, o maior registrado. Uma situação dessa é muito prejudicial para o Estado, pois não só afeta a estabilidade da economia, como também desestrutura as relações de trabalho. À vista disso, é preciso mudanças no rumo em que o país se encontra, visando ao aumento da taxa de empregabilidade.        Em um primeiro plano, deve-se entender que o desemprego está diretamente ligado à estagnação econômica. A população que não trabalha não tem renda, sem renda sem consumo, sem consumo não há demanda de produção e sem essa produção a economia trava. Além disso, o mais preocupante é que as áreas que mais desempregaram foram a indústria e construção civil. É impossível pensar em crescimento e desenvolvimento sem o impulso desses setores e com a produção de bens e consumo freada. Por isso, é urgente a diminuição do desemprego.     No entanto, o que está atrapalhando o pleno emprego é a relação burocrática custosa aos empresários, a maioria por conta de tarifações. Dentre os impostos, pode-se citar o INSS, FGTS e Contribuição Sindical, e se o patrão se recusar a pagar alguma taxação é punido severamente. Para se ter uma ideia, de acordo com um estudo da FGV (Fundação Getúlio Vargas), é como se o trabalhador recebesse R$ 1000,00 e chegasse a custar R$ 3000,00 ao empregador. Ademais, essa situação atinge também os microempreendedores, que para abrirem uma empresa de salgadinhos, por exemplo, vão precisar de uma série de documentos, como licença ambiental, alvará da prefeitura, vistoria do corpo de bombeiros, o que além de ser custoso, pode durar 1 ano ou mais. Essa conjuntura faz com que em uma crise econômica, o trabalho formal seja um dos primeiros corte de gastos.       De acordo com H. Samuel, burocracia é uma dificuldade para cada solução. A frase do varejista britânico do século XIX, deixa nítida a resolução da problemática no Brasil. Diante disso, o Governo Federal deve diminuir os encargos financeiros impostos às empresas, tais como tributos, descontos em energia, aluguel e transporte, no mínimo até o fim da crise. Outrossim, com o propósito de incitar o empreendedorismo individual, as prefeituras podem diminuir os dificultosos trâmites administrativos na abertura de negócios. Para isso, na criação de microempresas que não representam riscos sanitários ou para o meio ambiente, uma simples autodeclaração é suficiente (as visitas de inspeções, se necessárias, podem ocorrer subsequentemente). Dado o exposto, essas medidas são de fundamental importância para incentivar novas contratações e, assim, diminuir o desemprego.