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Enviada em: 30/08/2017

Na Grécia Antiga, o trabalho era sinônimo de escravidão e o ócio produtivo era valorizado, pois era essencial ter tempo livre para se dedicar às artes e à vida política. Na contemporaneidade, além da inversão desse pensamento, observa-se uma maior preocupação com o questão trabalhista, evidenciada, no Brasil, a partir do primeiro governo de Vargas. Em contrapartida, deficiências estruturais e o surgimento de novas tecnologias são fatores relacionados ao desemprego que devem ser analisados.        Antes de tudo, deve-se destacar o papel ambíguo do avanço tecnológico. A Revolução Verde foi um processo de modernização do campo que, ao substituir a mão de obra humana por máquinas, deu origem ao desemprego estrutural. Por outro lado, muitos indivíduos conseguiram utilizar a internet como fonte de renda, como é o caso de youtubers e donos de lojas virtuais. Além disso, ainda que esses sejam trabalhos informais, por não contribuir com impostos, a participação dessas pessoas, antes desempregadas, no mercado consumidor não deixa de ser um tipo de arrecadação para o Estado.       Outrossim, é válido apontar a relação entre a deficiência de setores básicos e o desemprego. Semelhantemente a grandezas diretamente proporcionais, um ensino defasado somado à falta de oportunidades poderá resultar no aumento de indivíduos desempregados. Prova disso é que uma pesquisa da empresa EF mostrou que o Brasil ocupava a posição 41, de um ranking de 70 países, no quesito fluência em inglês, um dos principais pré-requisitos para se conseguir um bom emprego. Nesse sentido, com o mercado de trabalho mais exigente, pessoas despreparadas tendem a migrar para trabalhos menos valorizados financeiramente ou podem até mesmo morar nas ruas, o que também é prejudicial para a economia do país.       Fica evidente, portanto, a necessidade de se investir em geração de emprego e renda para garantir o desenvolvimento do Brasil e a qualidade de vida de sua população. Para isso, o Poder Público deve  tanto direcionar investimentos para a educação básica e profissionalizante, quanto aumentar a oferta de vagas, a fim de fornecer as oportunidades que os jovens precisam. Somado a isso, ONGs podem disponibilizar cursos e realizar palestras, com o intuito de informar a população sobre as diversas alternativas de emprego, como o uso da internet. Por fim, é importante que a família e as escolas atuem na educação de jovens e crianças, como incentivar o aprendizado de uma nova língua, com o objetivo de prepará-los para as possíveis dificuldades que eles irão enfrentar futuramente no mercado de trabalho.