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Enviada em: 27/10/2017

Depois da abolição da escravatura em 1888, e com a vinda dos imigrantes europeus para o Brasil, o trabalho livre e assalariado ganhou espaço no país. Entretanto, as condições de trabalho eram péssimas, provocando os primeiros debates sobre leis trabalhistas. Assim, a solidez da Consolidação das Leis do Trabalho que veio na Era Vargas, em pleno Estado Novo, rivaliza, hoje, contra o próprio interesse dos trabalhadores, que são impelidos para a informalidade e o desemprego.       De acordo com Einstein, ''Tornou-se chocantemente óbvio que a nossa tecnologia excedeu a nossa humanidade''. Seguindo essa linha de pensamento, percebe-se que o desemprego resulta do avanço tecnológico, isso porque a concorrência exige das empresas cortarem custos, com o intuito de conseguir preços menores e boa qualidade para os produtos. Em virtude disso, os trabalhadores são trocados pelas máquinas e ocorre a substituição da mão de obra humana. Bom exemplo disso são os caixas automáticos no lugar dos caixas de bancos. Assim, tornar flexível as relações trabalhistas mostra-se como uma das maneiras para solucionar esse problema.     Outrossim, observa-se o aparecimento do mercado de trabalho informal. Isso ocorre em razão de inúmeros desempregados que procuram caminhos para seu sustento e de sua família. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 24,5% dos brasileiros empregados trabalham por conta própria. Uma vez que, o profissional ao ser dispensado, utiliza suas habilidades e experiências para realizar ''bicos'' até restabelecer-se de novo no mercado. Além do mais, surgem novos tipos de contratações, tais como a terceirização das atividades-meio, que provoca a precarização, já que reduz os benefícios e garantias dos trabalhadores pela falta de vínculo junto à empresa.    Fica claro, portanto, que a atualização das relações trabalhistas aumenta o número de empregos formais e diminui o de informais. Logo, o governo federal precisa modernizar as leis trabalhistas recorrendo a inclusão de trabalhadores informais, principalmente jovens, mulheres, negros e pobres, a fim de um olhar mais fraternal e solidário para a redução das desigualdades e erradicação da pobreza. Para tal, o Congresso Nacional deve aprovar a reforma trabalhista com o propósito de incluir esses grupos com novas formas de contratação e segurança jurídica para os contratos, que por sua vez, não afetariam os procedimentos na Justiça do Trabalho, que também têm como objetivo a ampliação dos empregos formais. Só assim viria uma nova ''era'' com muitos empregos e boas relações de trabalho.