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Enviada em: 14/01/2018

Recentemente foram aprovadas algumas modificações nas leis trabalhistas, não houve necessariamente perda direitos, entretanto as flexibilizações efetivadas dimensionam uma quantidade enorme de subtrações para os empregados, pois dá maior poder aos patrões e, consequentemente, articula inúmeros efeitos negativos na sociedade.   Com essas alterações, os empregadores podem negociar diretamente com os seus subordinados, deixando de lado o que se postula na CLT. Tal fato intensifica a fragilidade do empregado e, em diversos casos, sua posição de fácil descarte, nesse caso, os trabalhadores precisarão cada vez mais se sujeitar a empregos mal remuneradores e desgastantes a fim de suprir as necessidades essenciais de sua família.   Os efeitos dessa modificação da lei já podem ser observados principalmente na divulgação de cartazes cuja hora de remuneração apresenta valores absurdamente irrisórios. Vale lembrar que países que apresentam um IDH elevado já superaram a questão da exploração maciça nas relações trabalhistas e que os países em que há maior desigualdade  social ainda seguem esse formato de exploração a que  Brasil está se submetendo atualmente.    A longo prazo, os efeitos dessa escolha atingirão a todos: os que são alvo das alterações trabalhistas e os que as formularam e aprovaram. Isto é, uma base populacional massacrada, com baixa escolaridade e com pouco acesso a cultura e ao lazer crescerá embrutecida e violenta sinalizando, assim, um aumento da criminalidade, da violência e, consequentemente, da perda na qualidade de vida de todo o país.     Para que tal cenário se modifique, é importante que , nas eleições deste ano, os cidadãos brasileiros tenham mais critérios para eleger/reeleger políticos, buscando candidatos realmente preocupados em representar os interesses da maioria. Além disso, é necessário que todos se comprometem em  cobrar dos políticos eleitos não só o cumprimento de suas propostas, mas também a honestidade no trato do que é público.