Materiais:
Enviada em: 09/05/2018

Inteligência ambiental       No final do século XVIII, a Inglaterra ocupou uma posição de destaque frente às outras nações graças ao pioneirismo de sua Revolução Industrial. Dentre todas as mudanças as quais o modelo produtivo vigente foi submetido, a mais enfática foi a ampliação da capacidade de produção a níveis nunca antes vistos pela humanidade. No entanto, da mesma forma que o mundo aprendeu com os ingleses a produzir mais, o consumo desenfreado e insustentável de produtos e recursos naturais vem se tornando a problemática máxima dos atuais Estados soberanos, entre eles, o Brasil.       Em primeiro plano, é fato que os recursos disponíveis para sustentar o consumo são finitos, sendo o seu remanejamento de suma importância. Consoante Paul Watson, co-fundador da ONG ambientalista Greenpeace, a inteligência pode ser definida como uma habilidade que as espécies possuem para viver harmonicamente com o ambiente. Assim, quando foi divulgado nas mídias que a humanidade consome o equivalente a 1,5 vezes de recursos que a Terra possui para oferecer hoje, torna-se compreensível pensar que o ser humano, dentre todas as espécies, é a mais irresponsável no quesito agir com sustentabilidade para com o seu próprio planeta a fim de garantir sua sobrevivência.       Além disso, é importante refletir sobre o papel da mídia brasileira no que tange à disseminação em massa de um modo de pensar e agir que prioriza o "ter" sobre o "ser". Nos pilares da publicidade e da propaganda, encontram-se conceitos de ordem psicológica que buscam sustentar e garantir a eficiência esperada sobre a venda e adesão do público-alvo sobre determinado produto ou ideal. Analogamente, a importância da propaganda nazista para que Adolf Hitler conseguisse o apoio dos alemães, a publicidade, se bem feita, é capaz de convencer o indivíduo a adotar desde um produto qualquer a um estilo de vida ou ideologia. Sendo assim, a forma encontrada pelo modelo capitalista de alcançar suas metas de lucro máximo perpassa pela imposição midiática do consumo exarcebado, seguindo na direção contrária dos preceitos sustentáveis que buscam equilibrar o consumo e o desenvolvimento sustentável.       Infere-se, portanto, que a mitigação da problemática do consumo irresponsável e desequilibrado frente à disponibilidade de recursos naturais é imprescindível. Para que isso ocorra, o Ministério do Meio Ambiente deve viabilizar estratégias econômicas para o uso sustentável dos recursos naturais brasileiros, por meio de incentivos fiscais para empresas que, por exemplo, praticam o reflorestamento, com o objetivo de fomentar práticas ecológicas, haja vista