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Enviada em: 18/05/2018

Com o advento das revoluções industriais e surgimento das tecnologias da informação, o fortalecido capitalismo predatório criou o mercado consumidor e a máxima produção de bens visando unicamente os lucros, em detrimento da sustentabilidade do planeta. No Brasil não é diferente. Nesse cenário de desequilíbrio, o Poder Público e a coletividade devem fomentar a ampla discussão dos meios de combate à produção de bens predatória e consumo desenfreado de boa parte dos cidadãos brasileiros.      Um grande obstáculo enfrentado no caminho do consumo sustentável é a negligente produção de bens de consumo brasileira. Prova disso, segundo dados do Greenpeace, atualmente, as indústrias consomem quase duas vezes o que o planeta terra tem para oferecer de recursos naturais, e seguindo esse padrão, estima-se que em 2030 se tenha consumido dois planetas terra. Esse grave padrão de produção que negligencia a sustentabilidade do planeta, como meio de manutenção da vida e dos próprios recursos naturais usados, é nítido, e deve ser transformado. Logo, o Poder Público brasileiro deve promover medidas que regulamentem a produção de bens brasileira visando o enquadramento dessas industrias com os padrões de sustentabilidade tão urgentes nos dias atuais.      Outro grande desafio enfrentado na busca do equilíbrio entre consumo e meio-ambiente é o hábito de consumo da população, grande parte fomentado pelas mídias. Um exemplo disso, são as telenovelas brasileiras, que imprimem estereótipos de pessoas bem sucedidas e felizes sempre vinculadas com bens materiais supérfluos, são protagonistas sempre em suas mansões e carros caros, vestindo roupas e acessórios caros que passam junto com as modas. Esse bombardeamento da mídia, grande parte incentivada pelas grandes marcas das industrias, é extremamente prejudicial para o planeta, fazendo com que os padrões de consumo sejam cada vez mais insustentáveis. Então, a responsabilidade com a sustentabilidade da relação entre consumo e meio ambiente é também dos meios de comunicação, grandes produtores de ideologia no Brasil, cabendo a eles medidas que mitiguem todo esse mal.      Urge, portanto, que o Estado e a sociedade civil organizada caminhem juntos para um futuro onde o consumo esteja equilibrado com a sustentabilidade do planeta. Para tanto, os órgãos de polícia e fiscalização, com apoio do Poder Legislativo e da União, devem fazer valer uma lei que torne proibida a produção de bens que desrespeitem os ditames da sustentabilidade ambiental, punindo e fechando todas as irregulares. Além disso, as emissoras de televisão aberta, principal meio de comunicação brasileiro, devem levantar a cauda da sustentabilidade e educar ideologicamente a população tão permeável as suas mensagens como meio de mitigar o atual habito de consumo predatório.