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Enviada em: 06/06/2018

Em meados do século XIX, a Revolução Industrial mudou a forma de produzir mercadorias e, em larga escala, conseguiu atender a demanda populacional da época. Entretanto, para obter êxito, o consumo deveria crescer na mesma proporção. Diante disso, esse consumismo tem trazido graves prejuízos ao meio ambiente e a sociedade brasileira como um todo. Nesse sentido, é inevitável que práticas de sustentabilidade sejam incluídas tanto no âmbito pessoal quanto na economia de mercado.    A priori, percebe-se que muitos brasileiros, principalmente a nova geração, têm dificuldades em associar seus hábitos de consumo aos impactos ambientais. Por conta disso, a troca de aparelhos eletrônicos ou o seu descarte são cada vez mais comuns no país, uma vez que, a angústia por comprar não é baseada mais na necessidade, e sim na satisfação dos desejos ou do exibicionismo. Dessa forma, tanto o acúmulo de lixo quanto o aumento da busca por recursos naturais torna-se preocupante. Sendo assim, apesar da tentativa de um consumo mais consciente, inúmeras indústrias têm contribuído com a obsolescência programada, obrigando os consumidores a uma reposição mais rápida.     Outrossim, observa-se que a economia de mercado não leva em consideração o custo ecossistêmico de suas escolhas de produção e consumo da população, já que, existem inovações que são consideradas saltos tecnológicos, como o computador e o telefone, e outras, apenas uma supervalorização de pequenas melhorias na mesma tecnologia, na tentativa de convencer, por exemplo, o consumidor a trocar seu ipad 2 pelo ipad 3. Assim, o estímulo ao descarte de produtos praticamente novos vem da busca do lucro somente, inclusive a ser pago pelas futuras gerações que possivelmente terão que conviver com a escassez de recursos ambientais.    Fica claro, portanto, que os cidadãos e as empresas do setor de Bens de Consumo desenvolvam um comportamento sustentável. Para tal, é necessário que o Ministério da Educação, em parceria com as escolas, promova palestras com especialistas em meio ambiente, de modo a permitir que os estudantes conheçam situações de consumo desenfreado prejudicial ao ecossistema, a fim de adotar um comportamento mais consciente e sustentável. Além do mais, cabe o Governo Federal alterar o Código de Defesa do Consumidor com o propósito de estabelecer, que o compromisso dos produtores de bens duráveis siga o critério da vida útil do produto, não da garantia estipulada no contrato. Só assim será possível combater a obsolescência programada e conciliar uma produção racional que não comprometa o futuro das próximas gerações.