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Enviada em: 23/06/2018

O paradoxo do consumo           De acordo com a teoria demográfica de Thomas Malthus, a população mundial cresce de forma aritmética, enquanto que a produção alimentícia cresce em ritmo geométrico. Logo, tal desequilíbrio poderia gerar fome e caos ao planeta. De maneira análoga, embora a hipótese malthusiana não tenha, de fato, se concretizado, sabe-se que o crescimento demográfico global, aliado ao surgimento de novas necessidades no meio técnico, contribuem para um esgotamento dos recursos ambientais vigentes. Portanto, o consumismo deve ser amenizado, a fim de evitar desgastes ecológicos.          Desde o fim da Guerra Fria e a consolidação do modelo econômico capitalista, o papel do homem na sociedade tomou conotações paradoxais. De um lado, tem-se o consumo como forma de suprir as necessidades básicas dos seres humanos, principalmente de vestimenta e alimentação. De outro, nota-se que a aquisição de bens se tornou um mecanismo de diferenciação social, estabelecendo relacionamentos e posições de prestígio. Assim, os impactos ambientais tendem a ser visíveis, pois existe um acúmulo de lixo público nas áreas urbanas, geralmente por conta da obsolescência programada dos bens de consumo, os quais são planejados para uma troca rápida, com o fito de perpetuar os hábitos consumistas e dinamizar o mercado.         Ademais, consoante à visão de Lavoisier: "na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma". Sendo assim, os produtos consumidos e descartados não desaparecem, mas se acumulam nos centros citadinos e geram o problema de poluição ambiental. Tal infortúnio obstaculiza a vida de inúmeros brasileiros, posto que uma das principais causas dos alagamentos urbanos é justamente o fenômeno da acumulação de lixo nos desaguadouros. Logo, percebe-se o quão prejudicial é o fenômeno abordado, visto que os americanos consomem, aproximadamente, 88 quilos em recursos naturais diariamente, segundo o site Vila Mulher.         Portanto, fica claro que o consumo em excesso prejudica a natureza, bem como também danifica áreas urbanas. Assim, para que esse cenário não se perpetue, é imprescindível que o setor Legislativo crie uma lei combatendo a obsolescência programada. Isso deve ser colocado em prática através do Ministério da Indústria, que pode fiscalizar o setor produtivo das empresas, exigindo uma melhor qualidade na confecção dos bens industrializados, a fim de reduzir a quantidade de lixo acumulada nas cidades. Ademais, cabe à própria população o papel de separar os resíduos domésticos para a reciclagem, além de reduzir a compra de bens e reutilizar os produtos sempre que  possível, objetivando, desse modo, que os recursos naturais sejam legitimamente preservados.