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Enviada em: 29/09/2018

Desde o início do século XVI, com a chegada oficial da colonização portuguesa ao Brasil, cultiva-se a ideia de que nossos recursos naturais são infinitos. Nesse sentido, as revoluções industriais e tecnocientífica mudaram o modo de vida de muitos países, mas tais avanços, também, ocasionaram prejuízos ambientais e sociais que demarcam a nocividade das ações antrópicas. Dessa forma, observa-se que o desenvolvimento da humanidade reflete um cenário desafiador seja pela degradação ambiental, seja pelo consumismo.  É importante enfatizar que o modo consumista vigente, moldado pelas leis de mercado vigente, possui papel protagonista na destruição ambiental. Diante disso, as ações predatórias do homem levam-no a explorar recursos naturais numa velocidade maior do que a capacidade de regeneração da natureza. Essa prática, que sustenta a lucratividade capitalista, constitui, paradoxalmente, a própria destruição de um espaço natural, essencial para a manutenção de vida na terra. Tal realidade, demonstra o quanto a atuação antrópica, irresponsável, promove impactos de grandes proporções.    Além disso, é cabível salientar que, segundo Mahatma Gandhi, há bastante riqueza no mundo para as necessidades do homem, mas não o suficiente para a sua ambição. Dessa forma, a sociedade se faz plenamente responsável pela situação atual de tal problemática. Sendo a mídia grande responsabilidade por tal visão da sociedade, pois tem grande poder de influência sobre os indivíduos, uma vez que possui papel protagonista e é responsável por ditar a roupa da moda, o celular do ano ou a música mais ouvida, que são, em grande maioria, bens não duráveis e não renováveis, os quais rapidamente serão substituídos, e assim, fomentando o maior vício da sociedade - o consumismo. Observa-se, portanto, um círculo vicioso, e não sustentável, incentivado pela mídia.   Infere-se, portanto, que o desequilíbrio gerado pelo desenvolvimento é um mal para a sociedade. Sendo assim, o Governo em parceria com as instituições escolares, deve promover uma educação de consumo, bem como alertar os problemas decorrentes da ação antrópica, que visa, sobretudo, o lucro em detrimento dos recursos naturais. Cabe à escola promover a mudança de hábitos não sustentáveis, buscando aprimorar as relações das pessoas entre si e com o meio ambiente. É imprescindível, também, utilizar a própria mídia para alertar, através de campanhas na TV e na internet, sobre os problemas ambientais decorrentes do consumo em larga escala e incentivar o desenvolvimento sustentável. Quem sabe, assim, o consumo consciente e sustentável deixe de uma utopia.