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Enviada em: 22/08/2018

Movido pelo interesse maior da humanidade de concentrar riquezas, o capitalismo, como sistema de governo, tem estimulado um modo de vida consumista que se mantem a partir da exploração dos recursos naturais. De modo que torna-se um tanto questionável o equilíbrio entre os princípios capitalistas e ecológicos, nesse sentido, é imprescindível a ampliação dos debates acerca do assunto.       Deve-se pontuar, de início, a incompatibilidade do regime governamental vigente com a proposta de sustentabilidade. A partir da terceira revolução industrial, o estímulo ao consumo tornou-se um fator primordial para a conservação do sistema capitalista. De acordo com Karl Marx, filosofo alemão do século XIX, para que o incentivo ocorresse criou-se um fetiche sobre a mercadoria, isto é, constrói-se a ilusão, por meio da propaganda, da qual só é possível o alcance da felicidade a partir da compra do produto. Por conseguinte, para atender tal demanda gerada, há um uso desordenado dos recursos naturais, desde a fonte de energia destinada à produção até a matéria prima utilizada. À vista disso, se percebe o elevado custo do desenvolvimento econômico viabilizado por esse sistema,de tal forma que se essa exploração continuar na mesma velocidade ou de forma mais veloz poderá comprometer a vida das presentes e futuras gerações.          Além disso, cabe frisar, a negligência da população frente a urgente necessidade de se gerar uma sociedade sustentável. Conforme a ONG Global Footprint Network, no dia primeiro de agosto desse ano de 2018 esgotou-se o orçamento ecológico anual, isto é, cinco meses antes do final do ano, logo, mais cedo que em qualquer outro ano desde que o planeta entrou em sobrecarga, na década de 1970. Esse dado evidencia a baixa eficiência dos governantes e dos mecanismos de educação e conscientização, pois sobrepõem os interesses econômicos acima dos cuidados com o meio ambiente, e caso o fato persistir continuará a crescer o saldo negativo dos recursos da natureza até o ponto em que não mais se poderá restituir.       É evidente, portanto, a precisão de maior diligencia ao meio ambiente. Para tanto, é necessário o protagonismo do Poder Executivo no tocante, em primeiro lugar, a criação de tributos ou de incentivos fiscais a fim estimular atitudes empresariais a favor do meio ambiente, além, também, de aumentar os investimentos em pesquisas de recursos renováveis os quais substituam material prima danosa ao ecossistema. Conjuntamente a Justiça Federal na investigação dos casos de impunidade por meio da fiscalização ao cumprimento das leis ambientais. Ademais, torna-se crucial a participação do Ministério da Educação em parceria com a mídia educativa,utilizando-se da arte disseminada, propondo debates a respeito da afirmação de princípios como o respeito a natureza e a integridade ecológica.