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Enviada em: 30/08/2018

Na década de 1970 iniciou-se no mundo a terceira fase da Revolução Industrial, processo que impulsionou o desenvolvimento tecnológico e cientifico de forma extraordinária. No entanto, concomitantemente a isso, originou-se o modelo de produção Toyotista, que diferentemente do anterior (Fordismo), tem como principal característica a fabricação de produtos com menor durabilidade e renovação constante dos modelos produzidos. Esse fato gera consequências irreparáveis ao meio ambiente e à sociedade, pois incentiva o consumo exagerado e desenfreado.   Dentre as principais causas do consumismo estão a propaganda midiática e as práticas mercadológicas das empresas atuais. Essa última se deve ao fato de que, ao produzir novos modelos incessantemente, a indústria cria necessidades irreais na consciência das pessoas, estimulando-as a renovar seus bens de consumo constantemente. Já a influência da mídia é decorrente do seu alcance, que atinge a maior parte da população e afeta diretamente os hábitos de consumo das pessoas. Isso se comprova pela frase do autor inglês George Orwell, que afirmou:"A massa mantém a marca, a marca mantém a mídia e a mídia controla as massas."     Além das causas, é preciso ressaltar as graves consequências do consumo exacerbado, que atingem as esferas social, ambiental e econômica do mundo. Em relação ao meio ambiente, o consumismo gera a necessidade de extrair cada vez mais matéria prima para a indústria, o que, aliado ao descarte inadequado dos produtos, acarreta diversos problemas ambientais, como a escassez de recursos naturais e a poluição. Ademais, muitos produtos não são acessíveis a todos, e estimular a aquisição infindável dos mesmos acentua a exclusão social e as disparidades socioeconômicas.    Diante do exposto, constata-se que é preciso tomar medidas para diminuir o consumismo e atenuar seus efeitos. Primeiramente, é fundamental que o governo fiscalize e multe as empresas que propositadamente criam produtos com menor durabilidade, de forma a inibir essa prática. Além disso, o Ministério da Educação, em parceria com a mídia, deve criar campanhas educativas que visem à mudança dos padrões de consumo atuais, de modo a reduzir seus impactos.