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Enviada em: 01/10/2018

Desde o surgimento do Iluminismo na França,entende-se que uma sociedade só progride quando um indivíduo mobiliza-se com o problema do outro.No entanto,quando se observa o descompasso entre consumo e sustentabilidade no Brasil,hodiernamente,verifica-se que esse ideal iluminista é constatado na teoria,mas não,desejavelmente na prática.Se por um lado, a Revolução Industrial transformou o mundo e trouxe novas invenções que facilitaram a vida humana,por outro,após a implementação das máquinas a vapor, a produtividade aumento junto com um grande consumo exacerbado.Com efeito,evidencia-se necessidade de melhorias nos sistemas político e educacional do país.     Deve-se pontuar,de início,que a questão constitucional e sua aplicação estão entre as causas do problema.O filósofo grego Aristóteles propunha que a política deveria ser utilizada de modo que,por meio da justiça,o equilíbrio seja encontrado na sociedade.De maneira análoga,percebe-se que,no Brasil,a obsolescência programada rompe essa harmonia,haja vista que os empresários optam por fazer com que seus produtos tenham uma vida útil muito curta,fazendo com que a sociedade consuma em um ritmo mais acelerado .Entretanto,tal ação sobrecarrega o meio ambiente ao desfrutar dos recursos naturais em um nível mais rápido do que é reposto e propicia uma grande quantidade de lixo.      Outrossim,em face de tantos impasses diante da problemática do tema,ainda há outro contexto para o seu agravamento.Sem dúvidas,a falta de conscientização social sobre sustentabilidade é um entrave para  a diminuição de danos à natureza.Segundo o educador Rubem Alves "não existe cultura sem educação".Nessa perspectiva, a melhor maneira para informar sobre os direitos e deveres básicos de um cidadão é instruí-lo desde a infância.Sendo assim,as escolas têm um papel fundamental na formação social do indivíduo ao criar a ideia de que o exagero do consumismo  vai corroborar uma grande quantidade de lixo que pode contaminar o solo,a água e o ar.De certo, a maioria desses danos influenciados pela ganância e gerados pela ação antrópica são irreversíveis a curto prazo.     Infere-se,portanto, que a desarmonia entre consumo e sustentabilidade é algo inaceitável e,como tal,deve ser sanada.Nesse sentido,cabe ao Poder Público, com o auxílio do Ministério do Meio Ambiente,tabular uma lei que fiscalize e estabeleça limites para a quantidade de produtos poluentes emitidos ao meio ambiente ,tanto para pessoa física,quanto para a jurídica.Ademais,é viável a implementação do projeto "Famílias nas Escolas",pelo Ministério da Educação,no qual,os alunos e seus responsáveis são convidados a participar de  palestras na escola,em que serão debatidos temas como sustentabilidade.Em consequência disso, o tecido social se desprenderia de certos tabus ao incluir grande parte da comunidade nesse ideal de mudança cultural,alcançando,na prática,o ideal iluminista.