Enviada em: 11/10/2018

A Revolução Industrial, marco do século XIX, mudou a relação do homem com a natureza, a ação antrópica ficaria cada vez mais intensa, a ponto dos efeitos negativos dessa exploração indevida começarem a ser percebidos no século XX. A partir disso, diversas conferências e tratados foram firmados, todavia, sem resultados significativos. Por causa disso, faz-se necessário apontar, como principal fator que corrobora para degradação ambiental, a ganância e o consumismo.    ''A natureza pode suprir todas as necessidades do homem, menos a sua ganância'', a frase de Mahatma Gandhi expõe os interesses imprudentes da industrialização, o líder indiano lutava contra o imperialismo inglês, por isso, sentia presente a devastação que o modelo de produção industrial causa. Hodiernamente, essa ganância pode ser vista, por exemplo, na escolha pelas matrizes energéticas fósseis, frente às fotovoltaicas e eólicas. Além disso, o estímulo ao consumismo produzido por meio da obsolência programada é outra prática que explicita a negligência ambiental.     Contiguamente, os veículos midiáticos, por meio das propagandas, criam na população uma ideologia que liga a felicidade ao consumo. Todavia, essa prática é prejudicial ao ambiente em diversos aspectos, tanto no processo produtivo, quanto na geração de resíduos. Contudo, é possível estimular a adequação da população à produtos recicláveis, reutilizáveis e biodegradáveis; mas para isso, é importante regular a produção industrial para torná-los mais acessíveis e atraentes para o consumidor    Por tudo isso, percebe-se a importância de impôr limites à ganância, tanto quanto conter o consumismo que ela criou. Portanto, cabe ao Estado intervir no processo industrial, estipulando prazos para adequação à práticas sustentáveis, como limites de emissão de gases e obrigatoriedade do tratamento de efluentes. Ademais, é imprescindível que haja estímulo à produção e consumo de produtos ecológicos, o que pode ser alcançado com incentivos fiscais, que visam baratear o custo final.