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Enviada em: 30/10/2018

A sustentabilidade é um conceito importante para o desenvolvimento humano. Essa ideia pretende aliar crescimento econômico e preservação ambiental levando em conta as gerações futuras. No entanto, o Brasil, assim como outras nações, tem encontrado dificuldade em implementar tal preceito devido ao atual modo de consumo e a falta de investimento no uso de recursos renováveis e no reaproveitamento das matérias primas. Assim, é fundamental a busca por soluções para esses problemas.      Primeiramente, deve-se compreender que o consumismo, forma irrefletida e impulsiva das relações de compra, é um fator inserido em nossa sociedade o qual corrobora para uma exploração insustentável dos recursos naturais. Segundo o economista e filósofo Karl Marx, a fetichização dos bens de consumo, proposta pela lógica capitalista, produz no indivíduo uma necessidade irracional de consumo fundamentada em elementos subjetivos como a conquista de status social, de independência e de atratividade. Nesse contexto, o papel da propaganda é primordial, sendo esta responsável por fomentar entre pessoas tais conceitos. Desse modo, quando as relações mercadológicas ultrapassam critérios como a utilidade e necessidade cria-se uma demanda crescente que implica na exploração extensiva das matérias primas. Por conseguinte, o meio ambiente é cada vez mais impactado e dificulta-se a implementação do ideal de sustentabilidade.      Ademais, a insipiência dos investimentos em estratégias como fontes de energia renováveis, reciclagem, reaproveitamento de dejetos e destino adequado para o lixo provocam aumento nos danos ambientais e na exploração de recursos. De acordo com dados do Greenpeace, o ritmo da retirada de matérias primas do planeta é, atualmente, cerca de 1,5 vezes a capacidade do planeta. Dessa forma, dentro de alguns anos vários recursos necessários à sobrevivência humana podem estar na eminência de seu esgotamento.         Portanto, para possibilitar o desenvolvimento sustentável no Brasil é preciso que o governo e a sociedade civil se mobilizem. Inicialmente, é fundamental que o Ministério da Educação promova uma relação mais saudável da população com o consumo através de palestras e feiras ambientais, realizadas em escolas e repartições públicas, com a participação de representantes de ONGs ligadas a preservação ambiental, economistas e sociólogos, no intuito de promover estratégias de consumo consciente e análise crítica de propagandas. Além disso, é essencial que o poder executivo busque incentivar a atividade de empresas de energia renovável, de reciclagem e a construção de aterros sanitários por meio de auxílios fiscais e econômicos com objetivo de reduzir a exploração ambiental.