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Enviada em: 30/10/2018

De acordo com a Organização das Nações Unidas, o Brasil é o país com a maior diversidade biológica. Apesar disso, sofre, desde a colonização, com os impactos da extração da sua riqueza natural. Dessa forma, o consumo em excesso, atrelado a falta de investimentos das empresas em sustentabilidade, acarretam grandes problemas para o meio ambiente. Logo, convém analisarmos as principais causas, consequências e possível solução para esse impasse.         Deve-se pontuar, de início, que segundo Guy Debord, vivemos na sociedade do espetáculo. Nessa conjuntura, o prestígio, a exposição e a ostentação, frequentemente, são mais valorizados do que as características essenciais do ser. Diante dessa realidade, há um aumento consistente da demanda de artefatos, de automóveis e de energia elétrica, contribuindo para a geração de poluentes. Assim, além do prejuízo para a biodiversidade, o próprio ser humano é afetado. Nesse viés, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada comprovou a relação entre o desmatamento e a elevação da incidência de malária e leishmaniose. Desse modo, com a perda das florestas, os mosquitos transmissores estão se aproximando constantemente do meio urbano, impactando negativamente na saúde da população.       Outrossim, segundo Marx, no mundo capitalista a busca pelo lucro ultrapassa valores éticos e morais. Nessa perspectiva, o mercado tecnológico, normalmente, não prioriza o desenvolvimento sustentável. Isso pode ser evidenciado pela rapidez em que seus produtos tornam-se obsoletos. Nesse contexto, conforme o Instituto Nacional de Pesquisas Especiais, novos programas e aplicativos tendem a ser lançados apenas para os sistemas operacionais mais recentes, induzindo o consumidor a adquirir a mercadoria atual. Como consequência, há um aumento na geração de lixo eletrônico que, quando não são reciclados, liberam elementos tóxicos prejudiciais ao solo, aos mananciais e à saúde humana.           Portanto, para reduzir os impactos ambientais do consumo, é necessário que haja uma educação ecossistêmica desde a infância. Dessa maneira, o Governo irá implementar, no projeto político pedagógico das escolas, em âmbito nacional, medidas que auxiliem o aluno a desenvolver a sustentabilidade. Para tanto, haverá uma integração multidisciplinar. Nessa instância, a aula de biologia irá explanar sobre os efeitos nocivos do consumismo para a natureza. Em conformidade, a disciplina de química abordará a respeito das reações químicas geradas pelo lixo e pela queima de combustíveis fósseis. Em concomitância, o professor de sociologia irá discutir sobre as crenças sociais envoltas no ato do consumo e sua relação ao longo do tempo. À vista disso, espera-se que a sociedade mantenha e aprimore os hábitos que ajudam na conservação da natureza, de modo que os recursos ambientais sejam utilizados de forma consciente, colaborando para o equilíbrio da biodiversidade.