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Enviada em: 08/04/2019

Desde as primeiras civilizações o homem explorou, desenfreadamente, os recursos naturais de seu território e das áreas que colonizou. Entretanto, hodiernamente, a situação ainda persiste com o ser humano usufruindo os bens naturais sem precedentes, ignorando as consequências e a influência midiática. Diante disso, valida-se a discussão acerca do desequilíbrio entre o consumo e a sustentabilidade como marcada pela falta de educação ambiental da sociedade, bem como a manipulação do comércio capitalista recente.       Em primeira análise, a deficiente educação ambiental populacional é um dos motivos mais relevantes para o desequilíbrio entre o consumo e a consciência ecológica. Nesse ínterim, os projetos que visam a instrução do indivíduo sobre a problemática estão limitados em apenas 10 mil instituições públicas do país, segundo o MEC (Ministério da Educação), e no ambiente de trabalho a grande maioria encontra-se nas indústrias de base, devido às leis ambientais. Em vista disso, constata-se que o ensino é a porta fundamental para a ideia de sustentabilidade e consumo consciente, haja vista que o pouco contato com a iniciativa nas escolas e trabalhos leva à ignorância dos indivíduos.       A posteriori, a influência capitalista moderna contribui ainda mais para o consumo desenfreado, sem a preocupação ambiental. Nessa perspectiva, os produtos modernos têm a sua vida útil reduzida para maximizar as vendas, da mesma forma que as empresas planejam o lançamento de novos itens antes de o anterior apresentar um defeito, tornando-o “desatualizado” e aumentando a produção de lixo. Essa técnica lucrativa foi criada após a crise de 29, que recebeu o nome de obsolescência programada e obsolescência psicológica pelos economistas. Destarte, é explícito que o homem moderno é diretamente influenciado pelo capitalismo, a partir do desprezo aos cuidados sustentáveis, priorizando o alto consumo.       Depreende-se, portanto, que o desequilíbrio entre a aquisição de bens e a sustentabilidade é uma problemática que precisa ser sanada. Assim, é fundamental que o Poder Público, por meio do MEC e ONGs engajadas, forneça verba para a criação de projetos de educação em preservação ambiental e sustentabilidade em relação ao consumo, contendo aulas, palestras e debates ministrados por especialistas em meio ambiente e economia, tanto nas instituições de ensino, quanto empresas públicas e privadas. Tal medida aparece com o intuito de criar um pensamento crítico na população, e sustentar a consciência de um consumo sustentável desde as primeiras fases da vida.