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Enviada em: 22/04/2017

A Revolução Industrial, iniciada no século XVIII, alterou as relações produtivas da sociedade, gerando cada vez mais consumo. Hodiernamente, o desequilíbrio entre essa prática e a sustentabilidade é evidente, já que o consumismo tornou-se o símbolo da modernidade. Fatores de ordem econômica, bem como ambiental, caracterizam o dilema da produção das indústrias e os impactos no meio ambiente.     É importante ressaltar, de início, a obsolescência programada como propulsora do consumo exacerbado. À guisa de Karl Marx, as empresas capitalistas, em uma busca incessante pelo lucro, ultrapassam valores éticos e morais para alcançar seus objetivos. Nesse sentido, muitas utilizam desse artifício, em que os aparelhos eletrônicos têm sua vida útil limitada propositalmente para estimular o mercado. Esse fenômeno já se reflete mundialmente, dado que, segundo o site Vila Mulher, o consumo global teve aumento de 28% em relação há dez anos.    Outrossim, tem-se os graves impactos ambientais ligados ao aumento do consumo. Apesar de inúmeros especialistas apontarem para uma sobrecarga do meio ambiente, o modelo de produção não foi repensado e continua a extrair demasiadamente dos recursos naturais. De acordo com a Greenpeace, até 2030 a população estará consumindo cerca de duas vezes o que o planeta tem para oferecer. Com isso, os desmatamentos, a poluição da água e o esgotamento do solo tendem a aumentar.    É notória, portanto, a influência de fatores econômicos e ambientais na problemática supracitada. Nesse viés, cabe ao Governo, por intermédio dos órgãos responsáveis, limitar a ação de grandes empresas sobre o meio ambiente. Tal medida pode ser efetivada por meio do aumento da fiscalização das áreas preservadas e pela reformulação das leis ambientais. Paralelamente, as ONGs da área, em parceria com as escolas, devem conscientizar a população sobre o consumismo. A ideia é, a partir de campanhas na internet e palestras nas salas de aula, boicotar as empresas que utilizem da obsolescência programada e reduzir o consumo.