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Enviada em: 21/09/2017

O filme “O preço do amanhã” trata de uma sociedade que negocia suas mercadorias em troca de tempo biológico. Analogamente, esse cenário pode ser traduzido para a contemporaneidade na medida que, metaforicamente, o homem cambia seus recursos naturais em prol de maior conforto. Nesse sentido, pode-se inferir que a insustentabilidade na produção de bens é extremamente maléfica ao planeta e, consequentemente, ao ser humano, o que pode ser comprovado pelo aumento de gás carbônico na atmosfera e pela gestão ineficaz de lixo.        Ao analisar-se um estudo organizado pela Agência Nacional Oceânica e Atmosférica, conclui-se que os níveis de CO2 na superfície terrestre são os maiores em mais de 800.000 anos. Além disso, segundo a mesma entidade, o aumento se deve à Revolução Industrial e o intenso processo de globalização subsequente, uma vez que, desde 1800, o índice desse gás aumentou em mais de 400%. Em decorrência disso, ocorre uma potencialização do efeito estufa, fenômeno responsável pelo aumento da temperatura terrestre que, por sua vez, causa o degelo das calotas polares e a morte de milhões de animais.        Ademais, a produção exagerada e a gestão inadequada de resíduos também contribuem para a degradação do meio ambiente. Nesse ínterim, um levantamento feito pela revista Science constatou que, anualmente, os oceanos são sobrecarregados por mais de 8 milhões de toneladas de plástico, oriundo, majoritariamente, de embalagens descartáveis que, por não serem biodegradáveis, perpetuam-se nas águas e matam mais de cem milhões de animais marinhos por ano. Outrossim, esse entrave também prejudica os seres humanos, uma vez que esses dejetos entopem esgotos e bueiros, o que causa enchentes que desabrigam milhares de pessoas e potencializa o aparecimento de doenças, comprovando, enfim, a necessidade de se utilizar os recursos da industrialização conscientemente.        Diante dessa conjuntura, fica explícito que o consumo insustentável e desenfreado é nocivo ao modo de vida do ser humano. Portanto, medidas devem ser aplicadas para que o problema seja sanado. Desse modo, cabe à ONU criar acordos de redução da emissão de poluentes que sejam de cumprimento obrigatório para todas as nações e visem estabilizar a quantidade de gás carbônico e controlar o avanço do efeito estufa sobre o planeta de forma rápida e eficiente. Somado a isso, os governos devem instituir órgãos de fiscalização e taxação sobre a produção de materiais não-biodegradáveis para diminuir a poluição nos oceanos e preservar a vida de animais e pessoas que são prejudicados pelo excesso destes resíduos.