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Enviada em: 15/07/2017

Na sociedade pós-industrial, o desequilíbrio entre o consumo e a sustentabilidade vem tornando-se cada vez maior. Nesse âmbito, observa-se que as relações sócio-econômicas vigentes têm papel primordial no desmantelamento da natureza. Ademais, tal situação é um reflexo do histórico fomento ao consumismo desenfreado, aleatório e pouco consciente a respeito dos ciclos naturais.        É indubitável que o modo de vida contemporâneo, moldado pelas relações monetárias, exerce grande influência da destruição ambiental. Nessa perspectiva, a produção e descarte de produtos industrializados a curto prazo, sobrepõe-se à capacidade de reposição natural do planeta. Destarte, nota-se que na atualidade as pessoas são socialmente construídas para consumir, sobretudo de forma alienada, visto que os meios de comunicação, por meio de insistentes propagandas, adornam objetos com uma falsa utilidade. Infelizmente, essa realidade mostra que os processos antrópicos compactuam para destruição da  Terra e, consequentemente, da própria espécie humana.       Outrossim, a animação intitulada "O homem capitalista", do ilustrador inglês Steve Cutts, faz uma crítica ao ser humano e o seu destrutivo sentimento de superioridade perante os demais seres vivos. Dessa forma, o desenvolvimento e atuação não sustentáveis da indústria gera, por exemplo, o descarte de lixo nos rios, a exploração animal como entretenimento humano e a devastação ambiental. Percebe-se, então, que o ser humano usa a natureza de forma pouco inteligente e irresponsável, causando danos que podem ser  (ir) reversíveis.         Além disso, a Constituição Federal de 1988, no artigo 225, define o meio ambiente ecologicamente equilibrado como direito de todos, bem como de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida. Outra questão do referido artigo é o dever do Poder Público e da coletividade em defender a natureza para as presentes e futuras gerações. No entanto, percebe-se que o interesse capitalista desnuda apenas os possíveis lucros, deixando em incógnito os potenciais danos do consumo, assim como das emergentes "necessidades" de construção de obras, como a hidrelétrica do rio Xingu.        Torna-se evidente, portanto, que a humanidade vem aumentando a sua acomodação em detrimento das barreiras ambientais. No entanto, o real desenvolvimento só será alcançado quando a sociedade utilizar a natureza de forma responsável. Para tanto, é necessário que o Ministério do Meio Ambiente crie  mecanismos eficazes de conscientização populacional, seja por meio das mídias ou não, visando romper  com o consumismo desenfreado. Ainda, é extremamente importante que o MEC implante no currículo do ensino fundamental I e II matérias voltadas para a sustentabilidade. Sendo assim feito, o homem capitalista e irresponsável será apenas uma imagem do passado.