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Enviada em: 12/08/2017

Compre, não compre Há uma teoria acerca do processo de produção capitalista, criada pelo economista Joseph Schumpeter, a qual descreve as inovações tecnológicas como indutoras do crescimento econômico. Neste ambiente agressivo de mercado, onde o mundo globalizado encontra-se mergulhado, é indubitável que seu lema seja o consumo cego, frente a provectos meios de desenvolvimento e marketing. Mas, e quanto ao antigo e defasado? Nesse contexto, faz-se necessária uma análise sobre o desequilíbrio entre o consumismo e a sustentabilidade.   Por meio de apelos comerciais criados ao redor de uma pressão exercida pela mídia, usando a ilusão de que o dispêndio com supérfluos solvem qualquer problema, mesmo os emocionais, grandes empresas, sobretudo aquelas voltadas a “smartphones” e afins, camuflam suas intenções de lucratividade com ideias de avanço, gerando bilhões de dólares em receita. Infelizmente, no Brasil, o destino final da maior parte daquilo consumido por sua população ainda é o lixão, criando montanhas de entulho “coagulado”.   Consoante afirmação de Karl Marx, o Governo do Estado moderno é apenas um comitê para gerir os negócios comuns da burguesia, o que leva a ponderar que este mal social é, muitas vezes, incentivado por esse por gerar impostos e grandes fortunas. Comparado ao Japão, onde cidades como Odaiba reutilizam 100% de seu lixo, segundo o site oglobo.com, o Brasil ainda engatinha quando o assunto é sustentabilidade, já que despende de grande quantidade de dinheiro para manter aterros sanitários, deixando de lado soluções como compostagem.   Destarte, seria interessante cada Governo Municipal tornar as escolas o coração da reciclagem, ensinando crianças, na prática, sobre como reutilizar o que seria jogado fora, a exemplo da própria compostagem supracitada, a fim de que elas construam um futuro mais limpo. Ao Poder Legislativo, caberia a criação de leis que recompensassem, quer seja por abate de impostos ou programa de pontos, aqueles que consertassem produtos antigos, como TVs, antes de obterem algo novo, diminuindo o consumo desenfreado, inadimplência e lixões abarrotados.