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Enviada em: 02/09/2017

É indubitável que o desequilíbrio entre consumo e sustentabilidade tem sido intensificado com o passar dos anos. Isso se justifica pelo fato do lucro ser mais valorizado pelo homem em detrimento da preservação do meio ambiente, algo que pode afetar o cotidiano das gerações futuras de maneira significativa e extremamente prejudicial.       A busca incessante pelo retorno financeiro acaba por causar em empresários e até mesmo em chefes de Estado uma certa despreocupação com as consequências a longo prazo de suas decisões. A utilização excessiva dos recursos naturais, o bombardeio de propagandas que incentivam o consumo e a produção cada vez mais frequente de produtos com a durabilidade programada torna evidente o descontrole entre o produzir e o preservar. Fato que somado ao descaso das grandes potências mundiais com os acordos que envolvem a exploração da natureza de maneira consciente, como ocorreu em 1997 com a recusa dos Estados Unidos da América e da China em assinar o Protocolo de Kyoto, deixa essa questão ainda mais preocupante.       Preocupante porque se não houver uma mudança de postura dessa sociedade do consumo o quanto antes, haverá o esgotamento dos recursos naturais de forma generalizada. A geração de uma quantidade imensurável de lixo, a poluição dos ecossistemas e a retirada dos recursos naturais desproporcional à sua reposição natural interferirá de maneira significativa na disponibilidade desses recursos no futuro. A crise hídrica vivida pelo Brasil, país rico em reservatórios de água doce, e a política de racionamento adotado por muitas de suas cidades, entre elas a capital, deixa claro que esse esgotamento da natureza não está muito distante da realidade hodierna.       Diante dessa urgência na mudança do quadro apresentado, medidas como a vinculação de programas que promovam  o consumo consciente nos canais de TV aberta, a exemplo desses o programa "Menos é demais" da emissora GNT, para que essa proposta atinja um público maior. Outra opção tão importante quanto seria a mobilização da própria população na cobrança da mudança de postura também de seus governantes, com passeatas e protestos pacíficos, além do voto em candidatos que apresentam projetos já vinculados com a sustentabilidade em períodos de eleição, para que assim, o consumo somente do necessário seja o estilo de vida mais procurado por todos.