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Enviada em: 03/09/2017

Desde o período colonial, com desmatamento da Mata Atlântica para plantar cana de açúcar, a maioria dos meios de produção brasileiros geram um impacto ambiental negativo. O hábito do consumo excessivo, de forma mais intensa após o fenômeno da globalização, tem aumentado cada vez mais, o que implica no aumento da produção e na utilização de recursos naturais. Dessa forma, surge a problemática do desequilíbrio entre o consumo e sustentabilidade, seja pela cultura capitalista, seja pela tardia mentalidade social.   É indubitável que o anseio capitalista de se obter um lucro cada vez maior esteja na origem do problema. Na economia, a obsolescência é caracterizada pela redução da vida útil de determinado bem, ela pode ser programada, quando uma empresa programa um prazo máximo de funcionamento de um produto, e perceptiva, quando é lançado uma versão mais atraente de um produto, mesmo com o modelo antigo sendo funcional, o que induz o consumidor a comprar mais. É possível afirmar que grande parte dos aparelhos eletrodomésticos atuais, como máquinas de lavar roupas e o fogão de cozinha, possuem um tempo de duração menor do que os produzidos antigamente, o que contribuem para o aumento da produção de lixo eletrônico.    Outrossim, a partir da Segunda Revolução Industrial, a indústrias passaram a utilizar petróleo e eletricidade como fonte de energia, esse é um combustível fóssil que emite uma grande quantidade de gases poluentes na atmosfera, como o gás carbônico, e este é obtido muitas vezes por fontes não sustentáveis, como as usinas termelétricas. A aquisição de bens é um mecanismo adotado, por grande parte da população, para minimizar os efeitos psicológicos causados pela desigualdade social. O consumo de bens que não possuem uma utilidade necessária, como comprar um celular novo quando o atual foi adquirido a pouco tempo, é adotada pelo mercado consumidor que valoriza mais o status trazido pelo produto do que a sua real utilidade, o que estimula as fábricas produzirem mais.      O impacto que o consumo causa na sustentabilidade ambiental, portanto, está diretamente relacionado com a grande quantidade de lixo produzido, devido a estratégias capitalistas, e ao mercado consumidor obsessivo. Dessa forma, a fim de atenuar o problema, o Governo, por meio do Ministério da Fazenda aliado ao do Meio Ambiente, deve implementar um projeto de lei que reduza as taxas tributárias para a produção e importação de bens duráveis e eleve as dos não duráveis, tendo como objetivo diminuir a produção de lixo eletrônico. Ademais, a escola, por seu caráter educador, deve realizar palestras e peças teatrais, com economistas e ambientalistas, visando a conscientização de pais alunos a respeito da importância do consumo consciente.