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Enviada em: 05/10/2017

Com o advento da Revolução Industrial, aliado ao avanço tecnológico, foi possível que a produção em larga escala atendesse a demanda populacional da época. No entanto, para garantir o sucesso, o consumo deveria aumentar na mesma proporção. Diante disso, uma consequência não muito previsível na época, foi o consumismo, motivo de preocupação atual. Nesse sentido, é imprescindível que práticas de sustentabilidade sejam incluídas tanto no âmbito pessoal como na economia de mercado.        A sociedade tem dificuldade em associar seus hábitos de consumo aos impactos ambientais. Em virtude disso, na geração atual, a troca de aparelhos eletrônicos ou o seu descarte são  cada vez mais comuns. Dessa forma, tanto o acúmulo de lixo quanto o aumento da demanda por recursos naturais torna-se preocupante. Nesse viés, a angústia por comprar não é baseada mais na necessidade, e sim na satisfação dos desejos, da ansiedade ou do exibicionismo. Sendo assim, apesar da tentativa, por parte de muitas pessoas, de um consumo consciente, as indústrias e empresas têm contribuído com a obsolescência programada, obrigando os consumidores a uma reposição mais rápida.        Nesse sentido, percebe-se que a economia de mercado não leva em consideração o custo ambiental de suas escolhas de produção e consumo da população. Existem inovações que são consideradas saltos tecnológicos, como o computador, telefone e internet. No entanto, atualmente, ocorre uma supervalorização de pequenas melhorias na mesma tecnologia, na tentativa de convencer, por exemplo, o consumidor a trocar seu iphone 5 pelo iphone 6. Assim, percebe-se que o estímulo ao descarte de produtos praticamente novos vem da busca do lucro somente, inclusive a ser pago pelas futuras gerações que possivelmente terão que conviver com a escassez de recursos ambientais disponíveis.       Portanto, faz-se necessário que a sociedade e as empresas de produção de bens de consumo adotem um comportamento baseado na sustentabilidade. É imprescindível que as instituições escolares criem projetos desde o ensino infantil, que inclua visitas aos lixões, a regiões desmatadas, rios poluídos, de modo a permitir que as crianças vivenciem de forma prática e palpável situações de desperdício e consumo exacerbado, para que possam adotar um comportamento mais consciente e sustentável. Além disso, o governo deve exigir das empresas a criação de certificações nos produtos, por meio de um selo, que mostre para a população se o produto é orgânico, o material utilizado, o tipo de energia, a fim de incentivar um consumo consciente. Dessa forma, será possível conciliar uma produção racional que não comprometa o futuro das próximas gerações.