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Enviada em: 04/10/2017

A partir do século XIX, o processo mundial de produção e compra passa a revelar o intenso desequilíbrio entre consumo e sustentabilidade. Dessa forma, a conciliação entre as necessidades econômicas e ambientais é dificultada, principalmente, pelo fortalecimento das multinacionais frente ao Governo, em um contexto onde o poder de compra tem prioridade, bem como devido à alienação da população, que consome cada vez mais de forma inconsciente.           Primeiramente, é importante destacar que a sustentabilidade só existe quando, sem comprometer as gerações futuras, se consegue atender as necessidades sociais, econômicas e, principalmente, as ambientais. Logo, torna-se claro que é necessário substituir o atual processo linear de produção por um ciclo, onde todos os setores sociais são visados, bem como o futuro do planeta.         Todavia, é sabido que desde o começo da Globalização, o poder das multinacionais se fortalece frente ao do Estado, o que leva, na maioria dos casos, a questão da responsabilidade ambiental ao segundo plano. Isso gera uma cadeia de problemáticas sociais, ambientais e políticas, como o esgotamento de recursos naturais, polos de trabalho escravo que acompanhem o ritmo industrial intenso e aumento significativo do lixo, que ainda hoje não tem um tratamento correto.          Dessa forma, se torna imprescindível que os Estados voltem ao seu posto de figuras centrais da garantia dos direitos do cidadão, sempre visando o bem estar coletivo e o desenvolvimento social. A partir dessa visão, ele deve garantir a construção de políticas capazes de assegurar a evolução econômica, ao passo que certifiquem o consumo consciente e responsabilidade ambiental na produção.        Sobre essa análise, é conhecido que a visão econômica da sociedade e a alienação, ambos  os conceitos sob a ótica marxiana, nunca foram tão aplicáveis a um contexto. Dessa forma, é fundamental que a obsolescência programada seja extinta dos modelos atuais de desenvolvimento de bens, bem como que o incentivo ao consumo desenfreado  pelas mídias seja reprogramado.           Portanto, são medidas aplicáveis para resolver o problema: O Estado, por meio do CONAMA, deve promover encontros periódicos com empresas, a fim de discutir medidas sustentáveis efetivas para a produção de mercadorias, bem como garantir o resguardo das áreas de preservação do país. Deve este ainda se associar a canais de televisão e a youtubers e promover campanhas de consumo sustentável. As multinacionais têm o encargo de promover o sequestro de carbono pelo plantio de árvores, além de capacitar um setor responsável por selecionar materiais recicláveis e/ou renováveis para os seus produtos. Dessa forma, será mais fácil diminuir o abismo entre o consumo e a sustentabilidade.