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Enviada em: 12/10/2017

A Primeira Revolução Industrial objetivava a massificação produtiva, imparcial aos finitos recursos naturais ainda disponíveis. Com o advento  da globalização ocorre a intensificação do processo empresarial, tornando o consumismo verossímil. Dessa maneira, surge a problemática do desequilíbrio entre consumo e sustentabilidade, a qual persiste, ligada intrinsecamente ao pensamento capitalista, ora pela ineficácia governamental, ora pela lenta mudança na mentalidade de fração social.       É indubitável que o desamparo Estatal seja fator súpero sustentáculo da problemática. Para o eminente filósofo Hobbes, o homem em seu estado de natureza torna-se seu próprio lobo, necessitando de um poder centralizado para ministrar harmonia. De forma análoga tal pensamento é rompido, haja vista que o Estado não cria politicas protecionistas coercivas para tal impasse econômico ambiental. Nesse âmbito, os recursos naturais são usados de forma demasiada, sem a preocupação com as futuras gerações, como por exemplo, a extração de petróleo para o abastecimento energético mundial. Não obstante, são poucas as pesquisas que buscam soluções para o esgotamento petrolífero- o governo não detém o lobo.         Outrossim, a lenta mudança na mentalidade de parcela social recrudesce a questão. José Saramago em seu livro "Ensaio sobre a Cegueira", descreve uma sociedade que paulatinamente se torna cega. Metáforas a parte, é o que se sucede quando a comunidade cega a ideologias já obsoletas, consume imensuravelmente sem pensar na quantidade de resíduos que gera, ou na futura falta de recursos.       Infere-se, portanto a necessidade de mudanças governamentais e sociais. O Poder Legislativo, a fim de atenuar a problemática deve tornar as leis mais rígidas, como por exemplo a expansão das Áreas de Preservação Permanente. Concomitantemente, o Poder Executivo deve investir de pesquisa cientifica, visando encontrar soluções para a futura falta de recursos. Em conjunção, a sociedade deve agir com maior consciência, pensando no atual e futuro planeta, consumindo apenas o essencial.