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Enviada em: 17/10/2017

Da tinta à realidade   O Relatório de Brundtland, formulado pela primeira ministra norueguesa na década de 90, apresentou o conceito de sustentabilidade à ONU. Nesse projeto, há a defesa da complementaridade entre consumo e preservação da natureza. Entretanto, vinte anos depois, o Brasil ainda não consegue alcançar esse equilíbrio, devido ao consumismo hegemônico e a educação ambiental precária.   Em primeiro plano, o culto ao consumo impede a sustentabilidade. Nesse sentido, de acordo com a Escola de Frankfurt, a industria cultural tem como finalidade a propagação do consumismo, visando maximizar os lucros das grandes empresas. De fato, há o bombardeamento diário de inúmeras propagandas carregadas de imperativos como "compre, beba, faça". Consequentemente, a extração de matérias primas do meio ambiente é incentivada para atender a essa nova lógica de consumo, causando inúmeros malefícios ao meio ambiente, como o aumento da poluição.    Cabe ressaltar, também, que o sistema educacional brasileiro não incentiva um comportamento de consumo sustentável. Nessa perspectiva, não se é ensinado de forma efetiva conceitos básicos de educação ambiental, como a importância da reciclagem, da redução da produção de lixo e da reutilização de objetos. Infelizmente, o sistema escolar do Brasil preza por matérias conteudistas, como álgebra avançada, em detrimento de assuntos que podem mudar a realidade agressora do povo brasileiro em relação ao meio ambiente, como a educação ambiental        Torna-se evidente, portanto, que o equilíbrio entre consumo e sustentabilidade ainda não foi alcançado no Brasil. Para solucionar esse problema, o Ministério da Educação deve melhorar o ensino da sustentabilidade ambiental em escolas e universidades, por meio de palestras com ONGs especializadas no assunto e a utilização de um material didático com uma linguagem simples. Ao longo do desenvolvimento desse projeto, os jovens que participaram precisam ser incentivados a propagarem esses conceitos de educação ambiental para suas famílias, a fim de universalizar a cultura de sustentabilidade no Brasil. Assim, o equilíbrio na relação entre homem e meio ambiente poderá sair do papel e fazer parte do cotidiano brasileiro.