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Enviada em: 15/10/2018

Ordem por base      No filme Cálice de Fogo, os personagens Harry Potter e Cedrico Digorry são sequestrados pelo antagonista. Tal pragmatismo não se restringe, apenas, ao meio cinematográfico. Atualmente, existe um grande drama acerca das pessoas desaparecidas. Por esse motivo, os desaparecimentos devem ser tratados como um quadro de saúde pública.      Em primeira análise, pontua-se que os sequestros atingem o bem-estar físico, mental e social das vítimas e dos familiares. Durante a Ditadura Militar no Brasil, por exemplo, mais de 400 pessoas morreram ou desapareceram, segundo a Comissão da Verdade. Isso ocorreu, devido as ações da DOI-CODI— órgão governamental. Em 1979, houve a promulgação da Lei da Anistia, pela qual os torturadores foram perdoados judicialmente. Quase quatro décadas depois, essa lei ainda se encontra vigente. Em meio a esse panorama, a impunidade e o desrespeito não só aos familiares e vítimas, como também a saúde pública se tornam evidentes.      Ademais, os desaparecimentos movimentam muito dinheiro de forma clandestina. Seja para o tráfico de órgãos, seja para o tráfico sexual. A novela Salve Jorge, por exemplo, narra a história de Morena, vítima da máfia sexual. Segundo o filósofo Platão, "o importante não é viver, mas viver bem". Como noticiado em jornais, as vítimas são enquadradas como sobreviventes. Ou seja, elas não tiveram o padrão mínimo aceitável de uma vida adequada. Sem dúvidas, os papéis-moedas envolvidos impossibilitam que o governo  trate a problemática como um caso de saúde pública.      São imprescindíveis, portanto, medidas para atenuar o impasse.  O Poder Legislativo deve revogar as leis que defendam criminosos, por meio de votações no Congresso ou por plebiscitos. Assim, assegurará a justiça social. Outrossim, a Polícia Federal deve investigar as máfias e os políticos envolvidos, por meio de inquéritos e espionagens. Dessa forma, não haverá espaço para a impunidade. Por conseguinte, o desaparecimento das pessoas será tratado, de fato, como um quadro de saúde pública, além de garantir o princípio positivista de " ordem por base".