Materiais:
Enviada em: 22/10/2018

Desaparecidos: sinônimo de negligência e desinformação Angustia, medo, incerteza. Esses são alguns dos sentimentos daqueles que tiveram familiares e amigos desaparecidos. Essa temática, atemporal no Brasil, possui diversas causas, como sequestros e fugas, mas tem como principais barreiras a negligência e a falta de conhecimento.    Em primeiro lugar, é necessário destacar o descaso sobre o assunto. Prova disso, é a falta de legislação própria e integração entre os cadastros de buscas dos órgãos públicos. As escassas políticas existentes direcionadas ao desaparecimento de indivíduos pouco ajudam à solucionar esse problema, como é o caso do Cadastro Nacional de Crianças e Adolescentes Desaparecidos(CNCAD), que não funciona desde janeiro de 2018, segundo o site R7.    Além disso, a falta de informação acerca do assunto agrava esse panorama. Isso ocorre porque, pouco se discute sobre ele, tanto em conversas casuais entre conhecidos, quanto em esferas mais amplas, como escolas e mídia. Poucas são as famílias que sabem que as primeiras vinte quatro horas são fundamentais para encontrar os desaparecidos ainda vivos, e que é direito delas pedir busca imediata. Em consequência dessa desinformação, o número de desaparecidos cresce, chegando, segundo o Ministério da Justiça, a 250 mil por ano, sendo, entre eles, 40 mil menores de idade.    Dessa forma, é necessário perceber que a indiligência e a desinformação agravam o dramático cenário de desaparecimentos no Brasil. Portanto, o papel do Ministério da Justiça é essencial, pois ele deve criar leis de integração entre os Estados sobre os dados de cadastro dos desaparecidos para facilitar a busca da polícia em escala ampla, além de reabrir o CNCAD. A mídia também é importante, pois deve divulgar as imagens de desaparecidos e, junto às escolas, deve ensinar por meio de palestras e matérias, o que fazer para prevenir o desaparecimento, como pulseiras de identificação para as crianças e informar os direitos da sociedade, como a Lei da Busca Imediata, para que, dessa maneira, a angústia, o medo e a incerteza sejam substituídos pelo alívio de encontrar os familiares desaparecidos.