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Enviada em: 13/03/2017

Um problema além da fronteira    O problema do desaparecimento de pessoas no Brasil não é atual. Ele teve origem na colonização, quando índios eram tirados de suas tribos para executarem trabalhos forçados. Atualmente, o sumiço dessas pessoas, além desse, tem outros motivos como o tráfico de drogas e a prostituição, por isso continua sendo um crime preocupante no país.     Em primeiro lugar, é importante analisar a complexidade do tema. Segundo dados da ONU, 250 mil pessoas desaparecem anualmente, sendo 75% do sexo feminino. A maioria das vítimas são aliciadas para fins sexuais. São exportadas para países em que a legislação é menos rígida e onde não conseguem entrar em contato com seus familiares. Há ainda, pessoas que são integradas ao trabalho forçado ou ilícito como o tráfico de entorpecentes.    Entretanto, muitos problemas dificultam a resolução desse impasse. A grande quantidade de casos ocorrendo no país, o déficit de funcionários e as burocracias administrativas relacionam-se com a ineficiência do poder judiciário do país. Além disso, a maioria das pessoas desaparecidas são enviadas para outros países, onde as leis são mais flexíveis e a distância dificulta a vítima buscar ajuda. Ainda, existem diversas restrições internacionais para uma boa investigação.     Fica evidente, portanto, que medidas são necessárias para resolver o problema. Como dito pelo filósofo Jean Paul Sartre "A violência, seja qual for, a maneira que ela se manifeste, é sempre uma derrota". A Receita Federal deve transferir maior quantidade de recursos ao Ministério da Justiça para aumentar o contingente de pessoas para realizar investigações de forma mais rápida. Além disso, os países devem criar leis internacionais que facilitem a busca de pessoas desaparecidas independente de sua origem ou destino, facilitando a identificação e a punição dos envolvidos.