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Enviada em: 09/03/2018

Padecimento prolongado       Com a globalização e a democratização dos meios de telecomunicações o fluxo humanitário aumentou consideravelmente nas últimas décadas. No Brasil, país de proporções continentais e multicultural essa prática acentua-se. Tais facilidades de locomoção aliado a momentos de falta de atenção faz com que, principalmente nos grandes centros, haja um grande número de crianças e adolescentes desaparecidos. Dessa forma, mesmo com o avanço tecnológico dos meios de comunicação em massa, a falta de unificação e atualização das informações por parte das instituições públicas acabam por precarizar e negligenciar o direito cidadão aos familiares e desaparecidos.       Nessa perspectiva, de acordo com a teoria filosófica da alemã Hannah Arendt, o indivíduo deixa de ser humano quando tem os seus direitos removidos, tal prática, acaba sendo efetivada pelo Estado e vai de encontro ao previsto no artigo 5º da Constituição Cidadã. Visto que, no documento de criação do Cadastro Nacional de Crianças e Adolescentes Desaparecidos é responsabilidade da União manter atualizada o banco de dados e garantir o direito aos envolvidos. Contudo, o que há são dados duplicados, obsoletos e dúbios entre Institutos Médicos Legais, Secretarias de denúncia, segurança pública e acolhimento, estendendo o período para se encontrar as vítimas e muitas vezes nem o que muitas vezes acaba por não ser efetivado.        Nessa lógica, um dos impactos causados pela morosidade na junção das informações está no fato de prolongar o sofrimento familiar. Assim, a longo prazo várias podem ser as consequências psíquicas e em casos graves levar ao desenvolvimento de quadros depressivos e até mesmo suicídio.        Diante desse cenário, cabe a parceria entre todos os órgãos relacionados com a segurança pública, municípios e estados, com o objetivo de manter atualizada todas as informações repassadas por quem procura um ente, mas também cruzar dados pessoais com os de viagem, locomoção e alocação em tempo hábil a fim de agilizar a busca por desaparecidos. Além disso, cabe a aliança entre a esfera pública, principalmente relacionadas aos direitos infanto-juvenis e os meios de comunicação televisivos, esses deveram mostrar em horário nobre fotos de desaparecidos de acordo com cada região com o objetivo de informar a população civil. Assim, tomando tais medidas será minimizada o número de desaparecidos e padecimento vivido por essas pessoas.