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Enviada em: 21/08/2019

À frente das mudanças           René Descartes, conhecido como o Pai da Filosofia Moderna, no século XVII, dizia: “Não existem métodos fáceis para resolver problemas difíceis “. Embora séculos tenham se passado, desde a época em que viveu o filósofo francês, questões como as falhas de inclusão igualitária escolar, no Brasil, ainda são consideradas problemas difíceis de serem solucionados, tendo em vista a exclusão social no processo de socialização escolar da criança com deficiência e a falta estrutural na dinâmica estudantil. Isso preocupa a sociedade brasileira, por ser a causa de bastantes empecilhos sociais.          Primeiramente, há quem diga que um país, cuja população recebe de forma democrática o direito e a dignidade humana, é utópico.Em virtude disso, há de se questionar acerca de que mundo deseja-se para os bisnetos, confirmando questionamento do filósofo Richard Roty.Na nação hodierna, a aceitação de deficientes no âmbito social das escolas é primordial para construção sociocultural da nação, como também uma forma de aprendizado nas relações interpessoais dos estudantes.           Inegavelmente, o óbice intensifica-se quando não é dada a devida resolução ao pleito, atribuindo falhas escolares na infraestrutura e no profissionalismo oferecido aos alunos “especiais”, não auxiliando na dinâmica pedagógica. Diante do fato, Nicolau Maquiavel, filósofo italiano, refletia sobre as dificuldades em buscar modificações na sociedade, uma vez que dizia: “Não há nada mais difícil ou perigoso do que tomar a frente na introdução de uma mudança “. Logo, efetuar políticas de inclusão e igualitária nas escolas, será tarefa árdua, mas possível.          É mister, portanto, que o Estado tome providências para amenizar o quadro atual. Urge, então, que indivíduos e instituições públicas cooperem para lutar pelos recursos destinados a atendimentos especializados nas escolas, com objetivo de adequar a realidade inclusiva e garantir o direto de um aprendizado qualificado aos deficientes. Ademais, é papel dos cidadãos repudiar em por meio de debates em mídia sociais, qualquer ação de preconceito atribuído aos portadores de défice físico ou psicológico, a fim de defender a dignidade humana do ser “especial”, com intuito de atingir ações jurídicas pertinentes contra a violência de direitos humanos, atribuído ao Ministério Público. Assim, observada a ação conjunta entre população e poder público, problemas considerados difíceis de serem solucionados, poderão tornar-se fáceis, desde que se tenha coragem de estar à frente das mudanças.