Materiais:
Enviada em: 09/05/2018

Desde os processos denominados “revoluções industriais” e a ascensão do capitalismo, o mundo vem demasiadamente priorizando produtos e mercado em detrimento de valores humanos essenciais. Ao se pensar a respeito do esporte como inclusão social no Brasil, é possível afirmar que não é uma invenção atual. A problemática permanece ligada à realidade do país, seja pela falta de investimento, acompanhado do baixo incentivo a prática. Nesse sentido, convém analisarmos as principais consequências de tal conduta para a sociedade.   É irrefutável que a questão constitucional e a sua aplicação estejam entre as causas do problema. Segundo o filósofo grego Aristóteles, a política deve ser usada de modo que, por meio da justiça, o equilíbrio seja alcançado na sociedade. De maneira análoga, é possível perceber que no Brasil, pouco dinheiro é investido nessa causa, limitando essa harmonia, haja vista que, pesquisas apontam que os gastos em penitenciária equivalem 10 vezes mais a uma criança no esporte, portanto, é irrefutável que precisa de maior atenção na compra de materiais esportivos, professores capacitados e projetos comunitários.   Não apenas o baixo investimento, como também o segundo fator importante para reflexão é a falta de incentivo para os esportes como impulsionador do problema. De acordo com Durkheim, o fato social é uma maneira coletiva de agir e de pensar, dotada de exterioridade, generalidade e coercitividade. Acompanhando essa linha de pensamento, observa-se que nos Jogos Olímpicos de 2016, a lutadora Rafaela Silva ganhou grande destaque, com sua história de superação, que por meio do esporte conseguiu ajudar seus familiares e melhorar sua condição de vida. Á vista disso, é indispensável disseminar a população como o esporte pode mudar a vida da sociedade.  É notório, portanto, que ainda há entraves para assegurar a solidificação de políticas que tendam à construção de um mundo melhor. Destarte, é imprescindível que a Receita Federal destine maiores investimentos à capacitação de escolas comunitárias, comprando materiais novos e também disponibilizando aulas de mobilidades variadas, viabilizando a qualidade de ensino dos esportes. Como já dito pelo pedagogo Paulo Freire, a educação transforma as pessoas, e essas mudam o mundo. Logo, o Ministério da Educação (MEC) deve instituir à sociedade civil, como familiares, estudantes, mídias, jornais e revistas, divulgando as atividades existentes, e os possíveis retornos de tal, para assim, aguçar o interesse da população pelos esportes e melhorar o futuro do Brasil, a fim de que o tecido social se desprenda de certos tabus para que não caminhe para um futuro degradante.