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Enviada em: 23/05/2018

A prática esportiva remonta desde a Grécia Antiga, onde era um meio de valorização político e social. No Brasil, o debate de como exercer o papel de inclusão social através do esporte permeia as diversas camadas da população, uma vez que acredita-se que essa prática promove a superação da pobreza e violência que muitos jovens e adolescentes vivem. Porém, depara-se com a falta de incentivos e investimentos governamentais, desestimulando principalmente, aqueles que buscam melhores condições de vida.        Os Jogos Olímpicos, criados na Grécia Antiga, além de exercerem papel político, serviam para valorização do indivíduo. Dessa forma, é válido ressaltar que a prática esportiva estimula jovens e adolescentes a superarem barreiras e limites impostos socialmente, buscando uma ascensão e melhoria da qualidade de vida. Prova disso são os atletas Robson Conceição e Rafaela Silva, que estiveram representando o Brasil nas Olimpíadas de 2016, e foram testemunhas do sucesso da utilização do esporte como forma de romper a pobreza e violência que se encontravam. Ademais, o investimento esportivo nas camadas mais carentes possibilita que diminua a evasão escolar e evita a inserção de crianças e adolescentes em atividades ilícitas .       Contudo, a falta de incentivos e investimentos sociais interrompe esse ciclo de inclusão e superação, que na maioria dos casos vem diretamente do desinteresse dos estados em disponibilizar nas comunidades meios para que exerçam a prática esportiva: falta infraestrutura - tanto nas competições municipais quanto nas estaduais, sem contar que nas camadas mais abastadas não há nem o material necessário para os treinos; e apoio as delegações - principalmente das que estão crescendo nos últimos anos e não dispõem de nenhum titulo.       Neste cenário, é imprescindível que o Estado reconheça o esporte não só como um lazer e sim uma forma de educação e participação social. De acordo com o Manifesto do Esporte de 1964, a prática esportiva possibilita integração social, exercício da cidadania e democracia, além de desenvolvimento de valores éticos e morais. Logo, a fim de possibilitar uma maior inclusão entre as diferentes camadas da população é necessário efetivar investimentos, que atuem como meios de retirada de crianças e adolescentes do contexto de fragilidade e desigualdade, aumentando o número de escolinhas nas comunidades carentes atrelado diretamente com educação - através de bolsas nas escolas e universidades aqueles que se destacarem no esporte.