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Enviada em: 31/05/2018

Atualmente, a prática esportiva não é mais considerada apenas um fator de qualidade de vida. O esporte é capaz de unir diferenças entre povos e cooperar no processo de inclusão social. Porém, é notório que, no Brasil, esse fato é minimizado em razão do reduzido investimento.       A desigualdade social brasileira é evidente e o esporte, nesse contexto, é uma ferramenta de ascensão e, consequentemente, de redução de desigualdade. Exemplos disso são os vários atletas cuja infância humilde, muitas vezes até miseráveis, não impediu o esporte de transformar suas vidas. A judoca Rafaela Silva, medalhista de ouro nas Olimpíadas de 2016 é um exemplo marcante. Outras provas de inclusão são as milhares de crianças, a maioria das grandes comunidades periféricas e precárias, que têm suas vidas melhoradas, com uma ótima formação ética e moral. Desde cedo, esses jovens aprendem a vencer e a perder, criam laços afetivos e são mais disciplinados, tornando-se mais responsáveis e com melhores oportunidades na vida adulta.            Entretanto, apesar de um certo crescimento nos últimos anos, a falta de investimento relevante ainda é um entrave para uma inclusão ainda mais efetiva. Muitos atletas brasileiros são obrigados a desistir dos treinamentos e de suas carreiras por falta de recursos financeiros. O Ministério do Esporte, no ano de 2018, anunciou uma redução orçamentária de mais de 80%, em relação ao ano anterior, na verba destinada ao incentivo ao esporte. O Bolsa Atleta (programa do Governo Federal que apoia atletas de alto rendimento que não possuem patrocínio) teve uma redução de 50% dos contemplados.  Tudo isso, evidencia não só a falta de investimento devido, mas também a falta de relevância que o atual governo da à inclusão social mediante o esporte.            Desse modo, é notório que o esporte é fundamental para a inclusão social, porém é negligenciado pelo governo que não o incentiva e o patrocina devidamente. Ações coletivas em âmbito federal, governamental e municipal são necessárias para proporcionar um auxilio financeiro aos atletas e criar um suporte para acompanhamento de crianças potencialmente promissoras. Ademais, as instalações esportivas das escolas de base da rede pública devem ser melhoradas para atender à prática esportiva, visto sua importância na formação e inclusão desses jovens.