Materiais:
Enviada em: 18/06/2018

Na Superliga feminina de voleibol 2017/2018, muito repercutiu a jogadora Tiffany, transexual que se destacou na competição. No entanto, casos de inclusão no esporte como esse não são comuns, visto que, no Brasil, ocorre a falta de incentivo governamental com relação ao assunto, além de existir uma construção do perfil modelo de atletas. Isso gera o não aproveitamento da ferramenta que o esporte é para a inclusão social, sendo uma grande perda para toda a sociedade brasileira.      É de consentimento geral que o termo “perfil atlético” trata-se de alguém alto, forte e valente, denotando a construção social do que é um atleta perfeito. Porém, esse pensamento desencoraja jovens que não se encaixam nesse padrão, desestimulando-os da prática esportiva. Isso pode ser percebido na diferença entre a valorização dos Jogos Olímpicos e dos Paraolímpicos, em que se nota menor repercussão do segundo, reforçando que pessoas fora do padrão atlético construído não são tão relevantes ao esporte. Logo, constata-se que p rótulo que a sociedade impõe aos atletas prejudica a inclusão de pessoas diferentes ao desporto.       Como conseguinte, perde-se significativamente a ferramenta de inclusão social que o esporte é, pois, segundo Davi Albino, medalha de bronze no Pan de Toronto, “O esporte é a maior inclusão social que existe.” Assim, muitas crianças têm sua autoestima reduzida por não serem consideradas aptas à prática esportiva. O que criará uma série de fatos que, no futuro, serão prejudiciais a todo o país, visto a facilidade com que o desporto desperta sensos de união e disciplina nos jovens.      Portanto, tendo em mente que o esporte é uma forma eficaz de inclusão social, mas que enfrenta dificuldades no Brasil, precisa-se de urgente solução para esse problema. Primeiramente, o Governo deve incentivar financeiramente projetos sociais que envolvam o esporte, como o Sacada Solidária de Bento Gonçalves - que já interrompeu suas atividades devido a falta de verbas -, visando o envolvimento de mais crianças no desporto. Outrossim, o MEC precisa criar campanhas nas escolas para a desconstrução do conceito de perfil atlético, através das aulas de educação física, integrando todos os alunos na prática de exercício. Sendo assim, será possível o aproveitamento do esporte como ferramenta inclusiva.