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Enviada em: 01/11/2018

O pensador Pierre Bourdieu desenvolveu a ideia de “habitus”, em que afirma que cada classe tem ações próprias e que seus indivíduos as seguem, mesmo que de forma inconsciente, sendo difícil modificá-las. Contudo, a mobilidade se dá através de diversas forças dentro de um campo, como o esporte, responsável por modificar a vida financeira e social de inúmeras pessoas. Nesse sentido, analisa-se que a prática esportiva é capaz de incluir e ascender indivíduos à sociedade.  Mormente, é de suma importância evidenciar o poder inclusivo do esporte, já que ele insere pessoas segregadas e discriminadas no âmbito social. Em face a isso, destaca-se as leis de segregação racial nos Estados Unidos, no século XX, em que os negros não tinham poder nem direitos na sociedade, a não ser que essa pessoa se consagrasse como atleta, há exemplo de Tommie Smith e John Carlos, medalhistas olímpicos em 1968, que nos pódios fizeram protestos contra o racismo. Dessa forma, fica evidente o protagonismo do esporte nas lutas por igualdade e na inserção do público subjugado, adquirindo grande papel social.  Outrossim, destaca-se a função mobilizadora do esporte, haja vista que ele favorece a ascensão financeira dos atletas e demais profissionais na área. Diante disso, cita-se a biografia do medalhista olímpico na canoagem, Isaquias Queiroz, de origem humilde, foi descoberto em um projeto social e patrocinado por dois treinadores, quando pensou em desistir da carreira para ajudar a sustentar a família. Em virtude desses acontecimentos, Isaquias chegou ao pódio e conseguiu ajudar família financeiramente, em mais um claro exemplo de promoção social e econômica promovida pelo esporte.       Destarte, está exposto que o esporte é uma importante ferramenta de agregação social e deve, portanto, ser investido. A princípio, é preciso que o Ministério da Educação (MEC) abra um programa de bolsas universitárias para atletas, para que os estudantes sintam-se estimulados a praticar exercícios, além de ser uma excelente iniciativa para aumentar a população universitária no país. Ademais, o Ministério do Esporte junto à organizações filantrópicas devem abrir programas sociais com várias modalidades esportivas, em comunidades carentes, para que um número maior de pessoas tenham oportunidades de mudarem seus “habitus”.