Enviada em: 11/07/2018

Desde o surgimento do iluminismo na França,entende-se que uma sociedade só progride quando um indivíduo mobiliza-se com o problema do outro.No entanto,quando se observa o esporte como ferramente de inclusão social no Brasil,hodiernamente,verifica-se que esse ideal iluminista é constatado na teoria e não,desejavelmente,na prática.Dessa forma, a problemática insiste estar ,intrinsecamente, ligada à realidade do país.Se por um lado, a Declaração Universal dos Direitos Humanos garante igualdade de direitos a qualquer indivíduo,por outro, isso não ocorre na vida de muitas pessoas, em especial, nas dos deficientes físicos.Com efeito, evidencia-se a necessidade de melhorias no sistema político e educacional do país.    Em primeiro lugar,é indubitável que a questão constitucional e sua aplicação estejam entre as causas do problema.Segundo o filósofo Aristóteles, "a política deve ser utilizada de modo que,por meio da justiça,o equilíbrio seja alcançado na sociedade".De maneira análoga,é possível perceber que,no Brasil, a falta de inclusão social de deficientes físicos ,por intermédio do esporte,rompe essa harmonia,haja vista que a maioria da parcela dessa população se sente excluída do resto da sociedade.             Outrossim,em face de tantos impasses frente ao problema do tema ,ainda há um outro contexto para o seu agravamento.Sem dúvidas,a falta de conscientização social é um entrave para utilizar as atividades físicas como acessório de integração entre indivíduos. Nelson Mandela propunha que a educação é a arma mais poderosa para mudar o mundo.Nessa perspectiva,a melhor maneira para informar sobre os direitos e deveres básicos de um cidadão é instruí-lo desde a infância.Sendo assim,as escolas têm um papel fundamental na formação social do indivíduo,ao criar a ideia de que as recreações e competições nas escolas podem ser utilizadas na formação de valores das crianças e adolescentes.Um exemplo disso é o trabalho em grupo,que faz com que os indivíduos se relacionem em grupo.   Infere-se,portanto, que não incentivar o esporte como acessório de inclusão social é uma atitude inaceitável e, como tal,deve ser sanada.Nesse sentido, O Ministério do Esporte, com o apoio e divulgação da mídia,deve incentivar a integração de pessoas com deficiência física desde a época da escola,por meio da aplicação de verbas para contratar profissionais capacitados e para a criação de quadras poliesportivas adaptadas para esse público.Além disso,as escolas,por meio do Ministério da Educação,devem instituir palestras, ministradas por professores de educação física que discutam a importância do esporte na formação de valores dos indivíduos,como o trabalho em grupo.Em consequência disso, o tecido social se desprenderia de certos tabus utilizando o pensamento proposto por Immanuel Kant,denominado raciocínio kantiano,que advoga em favor da experiência e da razão.